Na última década, o Brasil obteve avanços significativos no campo macroeconômico, tendo a redução da vulnerabilidade externa como grande conquista.

Apesar da crise financeira internacional que ocorreu em 2008, as principais agências de classificação de risco conferiram ao País o selo de grau de investimento, resultando em um importante fortalecimento da imagem nacional no cenário global que, em seguida, foi reforçada pela descoberta de reservas de petróleo na camada pré-sal. Entre os resultados positivos, o País foi escolhido para sediar a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

Isso facilitou ainda mais a redução dos níveis de pobreza na sociedade, o aumento dos investimentos nas companhias brasileiras, o fortalecimento do mercado de trabalho e o fácil acesso ao crédito para a população; entre as boas medidas adotadas pelo governo destacam-se iniciativas de estímulo monetário (juros) e fiscal (desonerações). No entanto, o Brasil ainda tem grande deficiência no transporte rodoviário de carga para escoamento da produção brasileira, principalmente nas rodovias administradas pelo governo. Os principais portos nacionais precisam estar mais capacitados para receber um crescimento acelerado na demanda, pois estima-se que nos próximos anos a movimentação de cargas cresça. Para isso, os portos necessitariam de mais investimentos do poder público, o que facilitaria a movimentação dos navios e os acessos terrestres a esses locais. Porém, apesar das estruturas logísticas e portuárias estarem em expansão, os investimentos mais pesados e urgentes estão sendo feitos vagarosamente, já que o setor público não dispõe de recursos suficientes para atender toda a demanda; assim, surgem oportunidades para a iniciativa privada.