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Visão Geral

O setor imobiliário brasileiro experimentou um grande crescimento em 2007. Contribuíram para esse cenário favorável diversas medidas, entre elas o aumento da oferta de crédito e o alongamento dos prazos de financiamento, estimuladas pela política de metas de inflação e pela redução da taxa de juros.

Perspectivas Macroeconômicas

A demanda por imóveis residenciais no Brasil continuará aumentando nas próximas décadas, principalmente no segmento econômico. Entre os fatores que justificam essa afirmação, destacam-se os financiamentos mais acessíveis e a estabilidade econômica, que devem se manter pelos próximos anos. Com isso, uma grande parcela da população terá mais condições de assumir dívidas de longo prazo para a compra de imóveis. O crescimento populacional, a grande parcela de jovens em relação ao total da população, a diminuição no número de habitantes por domicílio, o aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho e a preferência sociocultural pela casa própria são outros fatores que devem influenciar a concretização desse cenário.

Crédito Imobiliário

Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) e do Banco Central, o volume de crédito imobiliário no sistema financeiro brasileiro subiu 55% em 2007, chegando a R$ 25,3 bilhões no fim do ano.

Em relação ao financiamento da casa própria com recursos da poupança, a Abecip contabilizou, no ano de 2007, o volume de R$ 18,302 bilhões e 195.981 unidades. Esses números são 96% e 72% superiores aos registrados no ano anterior.

As informações resumidas acima confirmam a retomada do crédito imobiliário, que teve início em 2003. As condições para esse processo foram dadas pela queda na taxa de juros, estabilidade econômica e recuperação da renda dos trabalhadores. Com a Lei do Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), de 1997, as instituições financeiras passaram a adotar o regime de alienação fiduciária como garantia aos financiamentos concedidos. Com isso, houve uma sensível melhora
na avaliação de risco dos financiamentos imobiliários, propiciando o alongamento dos prazos e um aumento no porcentual financiado.

Ambiente Competitivo

Os fatores que, combinados, contribuíram para o atual boom do setor foram:

  • Com a queda das taxas de juros e o crescimento econômico do País, além de uma maior segurança jurídica no setor, os bancos se motivaram a aumentar significativamente o volume de recursos destinados ao crédito imobiliário. Esse maior volume, com taxas menores e maior prazo, criou condições para que grande parte da população, antes impossibilitada de adquirir um imóvel, pudesse ser inserida no mercado, contribuindo para um maior volume de lançamentos e maior velocidade de comercialização.

  • Com essa mudança de cenário, as grandes empresas do setor fizeram um movimento inédito de abertura de capital, captando um volume de recursos imenso para aumentar suas operações. Como resultado, o setor ficou mais competitivo.

  • O mercado consumidor está crescendo, por conta da estabilidade da moeda e da maior oferta de financiamento. As faixas de renda mais baixas passaram a ter condições para comprar a casa própria.

Como o déficit habitacional brasileiro está concentrado fortemente nas classes de renda mais baixas, esse segmento certamente é o que tem o maior potencial de crescimento, fazendo com que muitas empresas, antes atuando no alto padrão, se voltassem para o segmento.