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Rossi Residencial S.A. e Controladas
Balanços Patrimoniais
levantados em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Em Milhões de Reais)

Rossi Residencial S.A. e Controladas
Demonstração do Resultado
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Em Milhares de Reais, exceto o lucro líquido por ação)

Rossi Residencial S.A. e Controladas
Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido (Controladora)
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Em Milhares de Reais)

Rossi Residencial S.A. e Controladas
Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Em Milhares de Reais)

Rossi Residencial S.A. e Controladas
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis
para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Valores expressos em milhares de reais exceto valores por ações ou quando expressamente mencionado em contrário)

1. CONTEXTO OPERACIONAL

As operações da Rossi Residencial S.A. (“Companhia”) compreendem a incorporação, construção, comercialização de imóveis residenciais e comerciais, loteamentos de terrenos e prestação de serviços de engenharia civil, por meio das operações próprias, por participações em Sociedades de Propósito Específico (SPE) e por consórcios.

2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES E PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS

As demonstrações contábeis foram elaboradas e estão apresentadas em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas e instruções expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM.

a) Aplicações financeiras
Representadas por certificados de depósitos bancários, debêntures e poupanças, demonstradas ao custo de aquisição acrescido dos rendimentos auferidos até as datas de encerramento dos exercícios.

b) Imóveis a comercializar
São avaliados ao custo de construção ou aquisição, os quais são inferiores ao valor de mercado. A classificação entre o curto e longo prazo é realizada com base na expectativa de lançamentos dos empreendimentos imobiliários.

c) Provisão para devedores duvidosos
A provisão para devedores duvidosos é constituída com base na análise dos riscos de realização das contas a receber em montante considerado suficiente pela administração para cobrir as eventuais perdas estimadas na realização destes créditos.

d) Investimentos
As participações societárias em coligadas e controladas em conjunto são avaliadas pelo método de equivalência patrimonial. Os demais investimentos são avaliados pelo custo de aquisição. Os custos decorrentes dos ágios apurados nas aquisições dos investimentos são amortizados de acordo com a realização do resultado do empreendimento, em conformidade com os laudos de avaliação.

e) Imobilizado
Está avaliado ao custo de aquisição, líquido das depreciações, registradas pelo método linear, considerando as taxas mencionadas na Nota nº 9.

f) Intangível
O intangível está representado por gastos com aquisição e desenvolvimento de softwares e gastos com projetos em desenvolvimento. A amortização ocorre pelo método linear em cinco anos, a partir do momento em que os benefícios começam a ser gerados.

g) Apuração do resultado de incorporação e venda de imóveis
Nas vendas a prazo de unidade concluída, o resultado é apropriado no momento em que a venda é efetivada, independentemente do prazo de recebimento do valor contratual.

Os juros pré-fixados são apropriados ao resultado observando o regime de competência, independentemente de seu recebimento.

Nas vendas de unidades não concluídas, o resultado é apropriado de acordo com os critérios estabelecidos pela Resolução nº 963/03 do Conselho Federal de Contabilidade – CFC, detalhados a seguir:

(i) o custo incorrido das unidades vendidas, incluindo o custo de terreno, é apropriado integralmente ao resultado;
(ii) as receitas de vendas, os juros de empréstimos bancários para a construção e as despesas comerciais inerentes às respectivas incorporações, representadas, substancialmente, por gastos promocionais e com stand de vendas, são apropriadas ao resultado utilizando-se o método do percentual de conclusão de cada empreendimento, sendo esse percentual mensurado em razão do custo incorrido em relação ao custo total orçado dos respectivos empreendimentos;
(iii) as receitas de vendas apuradas, conforme o item (ii), incluindo a atualização monetária, líquido das parcelas já recebidas, são contabilizadas como contas a receber, ou como adiantamentos de clientes, em função da relação entre as receitas contabilizadas e os valores recebidos;
(iv) as referidas despesas comerciais e de juros dos empréstimos bancários para construção (item (ii)) são capitalizados como custo dos imóveis a comercializar, no caso de unidades em estoque, ou em despesas antecipadas, no caso dos imóveis já vendidos. São apropriados ao resultado utilizando o percentual de conclusão de cada empreendimento.

h) Outros ativos e passivos circulantes e não circulantes
Os ativos estão demonstrados pelo menor entre os seus custos (incluídos os rendimentos incorridos) e os valores de mercado e os passivos pelos valores conhecidos ou estimáveis, incluindo os rendimentos ou encargos financeiros correspondentes, quando aplicável.

i) Imposto de renda e contribuição social
O imposto de renda e a contribuição social são calculados pelas alíquotas regulares de 15% (acrescida de adicional de 10%) para o imposto de renda e de 9% para a contribuição social aplicadas sobre o lucro tributável, observando os critério estabelecidos pela legislação fiscal. Algumas sociedades controladas optaram pelo regime de lucro presumido, cuja base de cálculo do imposto de renda é calculada à razão de 8% para as receitas de venda de imóveis e a contribuição social à razão de 12% sobre as receitas brutas (100%, para ambos os tributos quando a receita for proveniente das receitas financeiras), sobre as quais aplicam-se as alíquotas regulares do respectivo imposto e contribuição.

j) Ativos e passivos contingentes e obrigações legais
As práticas contábeis para registro e divulgação de ativos e passivos contingentes e obrigações legais são as seguintes:

i) ativos contingentes são reconhecidos somente quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, transitadas em julgado. Os ativos contingentes com êxitos prováveis são apenas divulgados em nota explicativa;

ii) passivos contingentes são provisionados quando as perdas forem avaliadas como prováveis e os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes avaliados como de perdas remotas não são provisionados e nem divulgados;

iii) obrigações legais são registradas como exigíveis, independentemente da avaliação sobre as possibilidades de êxito, de processos em que a Companhia questionou a inconstitucionalidade de tributos.

k) Estimativas contábeis
Na elaboração das demonstrações contábeis é necessário utilizar estimativas para contabilizar certos ativos, passivos e outras operações. As demonstrações contábeis incluem, portanto, várias estimativas referentes à seleção das vidas úteis dos bens do imobilizado, provisões necessárias para passivos contingentes, determinação de provisões para tributos, custos orçados, apropriação de despesas com vendas, amortizações de ágios e outras similares; os resultados reais podem apresentar variações em relação às estimativas.

l) Lucro por ação
O lucro por ação é calculado com base na quantidade de ações em circulação nas datas dos balanços.

m) Demonstração de fluxo de caixa (informação suplementar)
Com o objetivo de proporcionar informações adicionais, a Companhia está apresentados as demonstrações dos fluxos de caixa, preparadas de acordo com a NPC nº 20 emitidas pelo Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON).

3. CRITÉRIOS DE CONSOLIDAÇÃO

As demonstrações contábeis consolidadas foram preparadas em conformidade com as práticas de consolidação, emanadas da legislação societária brasileira e pela Instrução CVM nº 247/96 e compreendem a Rossi Residencial S/A e empresas investidas (individualmente ou sob controle comum, criadas para o propósito específico de desenvolvimento do empreendimento imobiliário), relacionadas na Nota nº 8.
As práticas contábeis são consistentemente aplicadas em todas as empresas consolidadas.

Na consolidação são eliminados os investimentos nas Sociedades controladas e coligadas, assim como os saldos a receber e a pagar e as receitas, as despesas e os lucros não realizados, decorrentes de transações entre as Sociedades. Considerando que o controle das empresas investidas é compartilhado, as mesmas são consolidadas de forma proporcional.

4. APLICAÇÕES FINANCEIRAS

As aplicações financeiras representam valores investidos em títulos privados (Certificados de Depósitos Bancários e Debêntures) emitidos por instituições financeiras, todos com rentabilidade média equivalente a 98% – 104% do DI CETIP “CDI”. As debêntures representam operações compromissadas, registradas na CETIP, e não estão sujeitas a risco de crédito dos respectivos emissores.

5. CONTAS A RECEBER DE CLIENTES

São representadas por:

a) Clientes por incorporação de imóveis
Os valores relativos a contas a receber de imóveis estão atualizados, conforme cláusulas contratuais, como segue:

  • Até a entrega das chaves dos imóveis comercializados, pela variação do Índice Nacional de Construção Civil - INCC;
  • Após a entrega das chaves dos imóveis comercializados, pela variação do IGP-M, com juros de 12% ao ano (tabela "Price").

b) Rendas a apropriar
Rendas a apropriar representam a parcela de contas a receber relativa aos juros a serem apropriados em períodos futuros, de acordo com o regime de competência de exercícios.

c) Provisão para devedores duvidosos
A Companhia possui em sua carteira clientes inadimplentes, para os quais foram contabilizados os montantes como Provisão para Devedores Duvidosos, e são considerados pela Administração, suficientes para cobrir os riscos de perdas envolvidos.

Foram considerados saldos a receber relativos a alienações fiduciárias com garantias em notas promissórias e atualizações monetárias de contas a receber em atraso.

6. IMÓVEIS A COMERCIALIZAR

São representados pelos custos históricos dos apartamentos, casas e conjuntos comerciais a serem vendidos, concluídos ou em construção, terrenos para futuras incorporações e materiais a serem aplicados nas obras, assim distribuídos:

7. OUTROS CRÉDITOS

São representados por:

Em conexão com as operações com sócios em SPE’s (Nota nº 15), o saldo de contas a receber refere-se aos aportes realizados em montantes maiores que a participação da Companhia nos empreendimentos, que são compensados ao longo da execução daqueles empreendimentos.

Os repasses de clientes referem-se a recursos ou amortizações a serem liberados, provenientes de repasses de financiamentos bancários.

8. INVESTIMENTOS

a) As principais informações dos investimentos, em 31 de dezembro de 2007, estão resumidas a seguir:

b) A movimentação dos investimentos, em 2007, pode ser assim apresentada:

As sociedades de propósitos específicos (SPE) e demais sociedades investidas têm como propósito específico a realização de empreendimentos imobiliários relativos à construção e à comercialização de imóveis residenciais e comerciais, sob modalidade similar à Companhia.

9. IMOBILIZADO

É representado por:

 

10. INTANGÍVEL

É representado por:

11. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS

São representados por:

a) Créditos imobiliários
Correspondem a financiamentos para construção dos imóveis, sujeitos a juros que variam de 11% a 12% ao ano, indexados pela Taxa Referencial – (TR), a serem pagos em prestações com vencimento até 2010. Estes financiamentos estão garantidos por hipotecas dos respectivos imóveis.

b) Cronograma consolidado de vencimentos
A tabela abaixo apresenta o cronograma de vencimentos dos empréstimos e financiamentos existentes em 31 de dezembro de 2007:

12. CONTAS A PAGAR POR AQUISIÇÃO DE TERRENOS

Referem-se a compras de terrenos em estoque para incorporação de empreendimentos imobiliários, cujo fluxo de desembolso está a seguir demonstrado.

Do total de R$ 52.363 (R$ 382.257 – consolidado), o montante de R$10.206 (R$ 80.072 – consolidado) será liquidado por meio da participação na receita do empreendimento lançado no respectivo terreno. O restante de R$ 42.157 (R$ 302.185 – consolidado) será pago em moeda corrente, corrigidas monetariamente, conforme fluxo. Essas contas a pagar estão garantidas por notas promissórias, fianças ou pelo próprio imóvel.

13. OUTRAS CONTAS A PAGAR

São compostas por:

14. PROVISÃO PARA CONTIGÊNCIAS

a) Questões cíveis e trabalhistas
A Companhia tem responsabilidades por certos processos judiciais, perante diversos tribunais, advindos principalmente de solidariedade em relação a determinados empreiteiros, para os quais a Companhia monitora os controles utilizados por estes para reduzir sua exposição, bem como realiza retenções contratuais para fazer frente a estes desembolsos. Em conformidade com a avaliação de seus assessores jurídicos e retenções contratuais realizadas, efetua complementos para fazer frente aos riscos de perdas prováveis. No exercício de 2007, foram realizados complementos no montante de R$ 1.500.

b) Questões tributárias
A Companhia questiona judicialmente a constitucionalidade de tributos federais com relação à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS e ao Programa de Integração Social – PIS, especificamente quanto à extensão de bases e incidência dos referidos tributos sobre as receitas auferidas nas vendas de imóveis, anteriormente à Lei nº 9718/98, para os quais existe depósito judicial.

Um sumário das provisões constituídas e depósitos judiciais efetuados está demonstrado a seguir:

A Companhia está envolvida em outros processos cíveis e trabalhistas surgidos no curso normal dos seus negócios, os quais, na opinião da Administração e de seus assessores legais, possuem expectativa de perda classificada como possível. Consequentemente, nenhuma provisão foi constituída para, eventualmente, fazer face a desfechos desfavoráveis dos mesmos. Os montantes desses processos, em 31 de dezembro de 2007, são: cíveis R$ 8.294 e trabalhistas R$ 949.

15. PARTES RELACIONADAS

a) Contas correntes com parceiros nos empreendimentos
A Companhia participa do desenvolvimento de empreendimentos de incorporação imobiliária em conjunto com outros parceiros de forma direta, via execução empreendimentos em conjunto ou por meio de partes relacionadas, mediante participação societária (normalmente em SPE’s) ou por meio da formação de consórcio. A estrutura de administração destes empreendimentos e a gerência de caixa são centralizadas na empresa líder do empreendimento, que fiscaliza o desenvolvimento das obras e os orçamentos, tendo como assegurar que as aplicações de recursos necessários sejam feitos e alocados de acordo com o planejado. As origens e aplicações de recursos do empreendimento estão refletidas nestes saldos, com observação do respectivo percentual de participação, que não estão sujeitos a atualização ou encargos financeiros e não possuem vencimento predeterminado.

O prazo médio de desenvolvimento e finalização dos empreendimentos em que se encontram aplicados os recursos é de três anos, sempre com base nos projetos e cronogramas físico-financeiros de cada obra. Esta forma de alocação dos recursos permite que as condições negociais acertadas com cada parceiro e em cada empreendimento fiquem concentradas em estruturas específicas e mais adequadas às suas características.

Os saldos estão assim distribuídos:

b) Operações
Em novembro de 2007, a Companhia firmou contrato de locação de imóveis comerciais, correspondentes a 246,56 m2, para expansão de sua sede administrativa, localizada no Condomínio América Business Park, junto a empresa Paradiso Administração e Participações Ltda., de propriedade de acionista controlador. O contrato foi feito em condições normais de mercado, sendo o valor mensal de R$ 13,6 mil, com cláusula de reajuste anual pelo IGP-M, pelo prazo de 60 meses.

Em dezembro de 2007, a Companhia vendeu unidades imobiliárias do empreendimento Praça Capital, localizado na cidade de Campinas, para empresas de propriedade de acionistas controladores. O total da operação montou R$ 2,3 milhões. O preço de venda por m2 segue as condições praticadas para as demais unidades comercializadas do empreendimento durante o exercício. Estas unidades serão alugadas para a Companhia operar sua filial na cidade de Campinas.

16. DEBÊNTURES

Em 25 de Julho de 2007 foi liquidada a 1ª emissão de 30.000 (trinta mil) debêntures simples, não conversíveis em ações, de espécie quirografária, em série única, sem possibilidades de repactuação, com valor nominal unitário de R$ 10.080,24 (dez mil e oitenta reais e vinte quatro centavos), com prazo de vigência de 7 (sete) anos a contar da data de emissão, totalizando o montante de R$ 302.407, com remuneração, que renderá juros correspondentes a 106,6% das taxas médias diárias dos Depósitos Interfinanceiros – (DI) de um dia, Extra-Grupo expressas na forma percentual ao ano, base 252 dias úteis, calculadas e divulgadas pela CETIP.

A remuneração das debêntures deverá ser paga semestralmente sendo que, o primeiro vencimento foi em Janeiro-2008, cujo saldo em 31 de dezembro de 2007 montava R$ 17.417, classificado no passivo circulante.

As despesas com sua emissão totalizaram R$ 1.747, contabilizadas no resultado não operacional.

Cláusulas contratuais "covenants"

O Instrumento Particular de escritura da 1º emissão de debêntures simples possui cláusulas restritivas determinando níveis máximos de endividamento e alavancagem, bem como níveis mínimos de cobertura de parcelas a vencer e custos a incorrer.

Além desses compromissos financeiros, existem outros compromissos assumidos, entre os quais:

  • não renovação de autorizações e licenças, inclusive ambientais;
  • transformação em sociedade limitada;
  • não cumprimento de decisões judiciais transitadas em julgado;
  • redução do capital social que não para a absorção de prejuízos;
  • transferências ou cessão de controle acionário; e
  • alterações na estrutura societária, tais como fusões, cisões e incorporações em transações que excedam a 10% do
    patrimônio líquido.

Essas cláusulas contratuais foram totalmente cumpridas no exercício findo em 31 de dezembro de 2007.

17. PATRIMÔNIO LÍQUIDO

a) Capital social
O capital social é de R$ 445.117 em 31 de dezembro de 2007 e 2006, representado por 78.851.814 ações ordinárias nominativas. O capital social autorizado é de 100.000.000 ações ordinárias. No primeiro trimestre de 2006, a Companhia efetuou oferta pública de ações, mediante emissão de 30.500.000 ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal, ao preço de emissão de R$ 25,00 por ação, sendo R$ 214.385 destinados ao capital social e R$ 548.115 destinados à reserva de capital, em conta de ágio na subscrição de ações. O custo de colocação destas ações no mercado foi de R$ 49.876, e foram classificadas em despesas não operacionais.

b) Ações em tesouraria
Até 31 de dezembro de 2007, haviam sido adquiridas e permaneciam em tesouraria 756.100 ações ordinárias, no montante de R$17.269. O custo mínimo, médio ponderado e máximo, por ação são, respectivamente, de R$ 15,96 , R$ 23,60 e R$ 25,32 e o valor de mercado dessas ações em 31 de dezembro de 2007 era de R$ 45,50 por ação ordinária nominativa.

c) Apropriação do lucro líquido do exercício
O lucro líquido do exercício, após as compensações e deduções previstas em lei e consoante previsão estatutária, terá a seguinte destinação:
. 5% para reserva legal, até atingir 20% do capital social integralizado.
. 25% do saldo, após a apropriação para reserva legal, serão destinados para pagamentos de dividendo mínimo obrigatório a todos os acionistas.

Foi constituída a reserva legal de R$ 6.566, equivalente a 5% do lucro líquido do exercício, em conformidade com as disposições legais e estatutárias.

O cálculo dos dividendos propostos, correspondentes ao exercício de 2007, é a seguir demonstrado:

O Conselho de Administração da Companhia proporá à Assembléia Geral dos Acionistas a aprovação da destinação do saldo de lucros cumulados, no montante de R$ 93.561, para retenção de lucros para reinvestimento em suas operações, conforme plano de investimentos.

18. IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DIFERIDOS

Os impostos e contribuições diferidos (controladora e consolidado) são provenientes de saldos de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social e de despesas não dedutíveis temporariamente, no ativo, e de diferença de prática de reconhecimento do lucro na atividade imobiliária para fins tributários (regime de caixa) e fins contábeis (regime de competência), no passivo. A Administração da Companhia e de suas controladas, tomando por base as projeções de resultados futuros, estima a sua realização no prazo de cinco anos.

Os saldos das contas patrimoniais estão apresentados a seguir:

A Administração da Companhia elaborou a estimativa de geração de resultados futuros que serão tributados, fundamentada no resultado esperado de operações, descontado a valor presente à taxa de 1% ao mês para os próximos exercícios. Referido estudo técnico está aprovado pela Diretoria e Conselho de Administração e pressupõe a realização do imposto de renda e da contribuição social diferidos nos seguintes exercícios:

Os valores de imposto de renda e contribuição social demonstrados no resultado apresentam a seguinte reconciliação em seus valores à alíquota nominal:

A Companhia apropriou R$ 8.239 (R$ 22.379 – consolidado) ao resultado do exercício de 2007 relativos ao PIS e Cofins diferidos.

19. OPERAÇÕES DE INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA E VENDA DE IMÓVEIS

A Companhia e suas controladas adotaram os procedimentos e normas estabelecidos pela Resolução CFC nº 963 para reconhecido contábil dos resultados auferidos nas operações imobiliárias. Em decorrência disto, os saldos de custos orçados das unidades vendidas e o resultado de vendas de imóveis a apropriar, além do saldo integral de contas a receber dos contratos de vendas, oriundos dos empreendimentos não estão refletidos nas demonstrações contábeis.

a) Valores a receber de clientes

b) Custos orçados a incorrer

c) Resultados de vendas de imóveis a apropriar

20. INSTRUMENTOS FINANCEIROS

A Companhia e suas controladas participam de operações envolvendo instrumentos financeiros com o objetivo de financiar suas atividades ou aplicar seus recursos financeiros disponíveis. A administração desses riscos é realizada por meio de definição de estratégias conservadoras, visando liquidez, rentabilidade e segurança. A política de controle consiste em acompanhamento permanente das taxas contratadas versus as vigentes no mercado. Não são realizadas operações envolvendo instrumentos financeiros com finalidade especulativa.

Os instrumentos financeiros estão registrados em contas patrimoniais e são representados por aplicações financeiras (Nota nº 4), contas a receber de clientes (Nota nº 5) empréstimos e financiamentos (Nota nº 11), Debêntures (Nota nº 16) e Ações em Tesouraria (Nota nº 17), cujos valores estimados de mercado são substancialmente similares a seus respectivos valores contábeis.

Em 31 de dezembro de 2007 não há contratos vigentes relativos à operações com derivativos e “hedge” na Companhia.

21. PARTICIPAÇÃO DOS EMPREGADOS E ADMINISTRADORES

A participação dos empregados nos lucros ou resultados, conforme disposto na legislação em vigor, pode ocorrer baseada em programas espontâneos mantidos pelas empresas ou em acordos com os empregados ou com as entidades sindicais, e foi deliberado em reunião da Diretoria.
A participação dos administradores nos lucros ou resultados, será objeto de deliberação pela Assembléia Geral, na forma disposta pelo inciso XV do Artigo 21 do Estatuto Social da Companhia. Dessa forma, no exercício de 2007, a Companhia provisionou R$ 9.505, de participação dos empregados e administradores nos lucros ou resultados.

22. SEGUROS

A Companhia e suas controladas adotam a política de contratar cobertura de seguros para os bens sujeitos a riscos por montantes considerados pela administração como suficientes para cobrir eventuais sinistros, considerando a natureza de sua atividade. As apólices estão em vigor e os prêmios foram devidamente pagos. Consideramos que temos um programa de gerenciamento de riscos com o objetivo de delimitar os riscos, buscando no mercado coberturas compatíveis com o nosso porte e operações, sendo a nossa cobertura de seguros consistentes com as outras empresas de dimensão semelhante operando no setor. As coberturas de seguros eram:

a) Riscos de engenharia – (R$ 758.570)
i) Responsabilidade civil – cobertura por danos materiais e corporais causados involuntariamente a terceiros decorrentes da execução da obra, instalações e montagens no local objeto do seguro.
ii) Danos físicos ao imóvel (obras financiadas) – cobertura para avarias, perdas e danos materiais decorrentes de acidentes de origem súbita e imprevista ao imóvel.

b) Incêndio - (R$ 57.569) raio e explosão na matriz e escritórios regionais.

c) Seguro término de obras - (R$ 115.503) garante a entrega da obra aos promitentes compradores.

As premissas de riscos adotadas, dada a sua natureza, não fazem parte do escopo da auditoria das demonstrações contábeis, consequentemente, não foram auditadas pelos nossos auditores independentes.

23. EVENTOS SUBSEQÜENTES

a) Mudança da legislação societária brasileira

Em 28 de Dezembro de 2007, foi promulgada a Lei nº 11.638/07, que modifica certos dispositivos da Lei das Sociedades por Ações (Lei nº 6.404, de 15 de Dezembro de 1976). Em termos gerais, a nova Lei requer a harmonização das práticas contábeis adotadas no Brasil com determinados padrões contábeis internacionais derivados das normas emitidas pelo International Accounting Standard Board (IASB), com aplicação a partir de 01 de Janeiro de 2008.

Entre as alterações requeridas nas práticas contábeis adotadas no Brasil estão: a substituição da demonstração da origem e aplicação de recursos pela demonstração dos fluxos de caixa, a inclusão da demonstração das origens do valor adicionado, a criação de novos subgrupos de contas, segregação da escrituração mercantil e tributária e a introdução de novos critérios para classificação e avaliação de instrumentos financeiros, valorização de determinados ativos a valor de mercado e do conceito de ajuste ao valor presente para as operações ativas e passivas de longo prazo e para as relevantes de curto prazo.

A Companhia optou por apresentar como informação suplementar a estas demonstrações contábeis a demonstração dos fluxos de caixa e está analisando os eventuais impactos das demais alterações introduzidas pela Lei nº 11.638/07 em suas demonstrações contábeis, que se necessário serão reconhecidos no decorrer de 2008 e em conexão com ato normativo a ser emitido pela CVM, conforme Comunicado Técnico desta em 14 de Janeiro de 2008.

b) Oferta pública de distribuição primária de ações ordinárias

Em 15 de janeiro de 2008, a Companhia registrou requerimento na CVM de uma oferta pública de distribuição primária de ações ordinárias de emissão da Companhia (“Oferta”). A Oferta será realizada em mercado de balcão não-organizado, no Brasil, nos termos da Instrução da CVM nº 400/03 e, ainda, com esforços de colocação no exterior, com base em isenções de registro previstas pelo U.S. Securities Act of 1933, conforme alterado. Não será realizado nenhum registro da Oferta ou das Ações em qualquer agência ou órgão regulador do mercado de capitais de qualquer país exceto o Brasil. O preço de emissão das ações será fixado por meio de procedimento de coleta de intenções de investimento (bookbuilding), em conformidade com o artigo 44 da Instrução CVM 400/03. A implementação da Oferta estará sujeita às condições favoráveis do mercado de capitais nacional e internacional.

Mantidas as condições atuais, será publicado oportunamente aviso ao mercado nos termos do disposto no art. 53 da Instrução CVM nº 400/03, contendo informações sobre: (i) as demais características da Oferta; (ii) os locais para obtenção do prospecto preliminar; (iii) as datas estimadas e locais de divulgação da Oferta; e (iv) as condições, o procedimento, o período de reservas e o período para coleta de intenções de investimento. A Oferta terá início após a concessão do devido registro pela CVM.

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Demonstrações do Fluxo de Caixa
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