Modelo de negócio sustentável


Desempenho ambiental

A preocupação da 3M com os impactos ambientais gerados por suas operações é antiga. A empresa foi pioneira no desenvolvimento de iniciativas relacionadas ao tema no país. Um de seus primeiros programas – o “3P – Prevenção à Poluição se Paga” – remonta a 1975. “A 3M tem como meta incentivar, cada vez mais, que as pessoas reportem as iniciativas sustentáveis que ocorrem dentro da empresa para que possam traduzir e propagar boas práticas”, afirma Afonso Chaguri, diretor de Operações Industriais.

O programa foi instituído pelo vice-presidente de Operações Ambientais da 3M, Joseph Ling, que já nessa época dizia que “o desperdício de hoje nos levará à escassez do amanhã”. Ling propôs o programa com o objetivo de evitar custos com a má gestão dos processos e uso dos materiais aliados à prevenção à poluição. Preconizava que ações de prevenção eram mais eficientes e eficazes do que a implementação de tecnologias de controle desse problema ambiental. A 3M passou então a disseminar essa cultura na empresa e a reconhecer projetos que evidenciavam melhorias nos processos do ponto de vista de energia, geração de resíduos e emissões (ou gases líquidos) maior ou igual a 500 quilos e custo evitado de pelo menos mil dólares em um ano de implementação. Esses projetos são submetidos à análise por meio de um sistema corporativo e avaliados por um comitê técnico na matriz, que seleciona os melhores para receberem o certificado de reconhecimento do CEO da empresa e serem divulgados local e globalmente, dependendo do ranking.

Ao longo dos últimos 40 anos, o programa evitou globalmente mais de 1,3 milhões de toneladas de poluição, com mais de 8 mil projetos implementados. Em termos de custo evitado, esse volume equivale a 1,7 bilhão de dólares. No Brasil desde 2001, o 3P já contabilizou 427 projetos, que evitaram mais de 19,4 mil toneladas de poluição, levando a subsidiária a economizar mais de 37,4 milhões de dólares.

Dentre as novidades referentes às ações de cunho ambiental da companhia, em 2014, a 3M iniciou o processo para se tornar signatária do Instituto InPacto, tangibilizando o compromisso da empresa com o desenvolvimento de uma cadeia de suprimentos mais sustentável; deu início também ao trabalho de neutralização das emissões do CTC (Centro Técnico para Clientes), por meio da compra de créditos de carbono social de uma cerâmica do Amazonas, que reverte o investimento em melhorias no ambiente de trabalho e ações com a comunidade; e criou a Brigada de Esponjas Scotch-Brite, iniciativa que mobiliza os consumidores para a reciclagem de esponjas e que, em parceria com a TerraCycle, recolhe e recicla os produtos e as embalagens pós-consumo, em uma ação inédita e pioneira no mundo.

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Plano de sustentabilidade

Em mais um esforço em prol da disseminação e aderência de práticas sustentáveis, a 3M do Brasil estruturou, em 2014, uma governança estratégica dedicada à discussão e implementação do Plano de Sustentabilidade.

A governança é composta por um comitê formado pela Presidência e pelas diretorias de Pesquisa & Desenvolvimento, Instituto 3M, Marketing Corporativo, Recursos Humanos e Operações Industriais –, possibilitando um melhor direcionamento das ações internas e externas da companhia.

Confira os cinco pilares de atuação do Plano:

01 Governança
02 Desempenho Operacional
03 Plano de Comunicação
04 Inovações mais Sustentáveis
05 Capacitação e Engajamento

Metas ambientais

Metas ambientais para a 3M do Brasil até 2015 (ano-base 2010)


  • Reduzir ou manter a emissão de compostos orgânicos voláteis em relação a 2010

  • Reduzir resíduos sólidos

  • Melhorar a eficiência energética

  • Melhorar índice de consumo de água

Gerenciamento do ciclo de vida do produto

[GRI PR1 PR2]

Muitas das práticas ambientais da 3M estão internalizadas no próprio processo de pesquisa, desenvolvimento e fabricação. A 3M possui uma área responsável pelo estudo do ciclo de vida de cada um de seus produtos desde a aquisição da matéria-prima até a disposição final. Para tal, é utilizada a ferramenta de LCM (Life Cicle Management – Gerenciamento do Ciclo de Vida), adotada mundialmente. O processo é feito por especialistas em diversas áreas, como, por exemplo, meio ambiente, toxicologia, segurança e higiene industrial. Vale destacar que a preocupação com a saúde e segurança não se restringe ao consumidor ou cliente, mas também aos envolvidos diretamente na fabricação e manipulação do produto. Cada especialista aprova ou faz observações quanto ao ponto que avaliou no LCM, permitindo o aprimoramento constante. De acordo com a política corporativa da empresa, todos os novos produtos devem passar pelo processo. Em 2014, 100% dos novos itens lançados pela 3M do Brasil contemplaram o LCM. Entre os produtos já existentes, 84,9% também foram conferidos.

Em função do rigor que a empresa adota durante o ciclo de vida de seus produtos, não foram relatados casos de não-conformidade com a saúde e segurança de seus produtos e serviços, durante o ano reportado.

Fases do ciclo de vida em que a 3M aplica o LCM


  • Desenvolvimento do conceito do produto

  • Pesquisa e desenvolvimento

  • Certificação, Fabricação e produção

  • Marketing e promoção

  • Armazenamento, distribuição e fornecimento

  • Uso e serviço

  • Disposição, reutilização ou reciclagem

Veja as áreas que participam do ciclo da vida em que a 3M aplica o LCM e quais são suas atribuições:


  • Pesquisa & Desenvolvimento – insere a formulação e a descrição do produto na planilha da ferramenta.

  • Serviço Técnico – responde questões relacionadas ao uso correto do produto e se ele contém algum tipo de bateria.

  • Manufatura (engenheiro do processo) – descreve as máquinas e equipamentos que serão utilizados na manufatura do produto.

  • Marketing – indica a qual mercado se destina e relata informações relativas à previsão de vendas (em metros quadrados, toneladas, números de peças etc).


  • Regulatório – confere se o produto necessita de algum registro em órgãos do Governo, como a Vigilância Sanitária.

  • Embalagem – caso necessário, indica a especificação especial em função do produto.

  • Higiene Industrial – faz o levantamento dos riscos sob os quais os colaboradores estão expostos devido às matérias-primas utilizadas.

  • Coordenador de EHS (Environmental, Health and Safety – aspectos ambientais, saúde e segurança, em português) do site – classificação dos riscos em função das máquinas e equipamentos utilizados.


  • Toxicologia – detalha os riscos ao consumidor a partir dos componentes que contemplam o produto.

  • EHS (Produto) – realiza a análise da presença de substâncias bioacumulativas no meio ambiente, identifica os possíveis impactos ambientais dos resíduos e faz recomendações de descarte.

  • EHS (Manufatura) – identifica indicadores de consumo de energia e água no processo de fabricação.

Energia

[GRI EN3 EN4 EN5 EN6 EN7]

A 3M do Brasil também é referência pela forma sistemática com que persegue melhorias de eficiência energética e as fábricas brasileiras ganharam ainda mais respeito pelas suas conquistas. Nesse sentido, em 2014, 96% do consumo de energia direta foi proveniente de gás natural, enquanto 2% corresponderam ao biodiesel.

Dentre as fontes de energia indireta, a eletricidade foi responsável por 99% do consumo de 2014, enquanto o vapor e o aquecimento foram responsáveis por 0,6% e 0,4%, respectivamente.

E em linha com a meta permanente da 3M de otimizar o uso de energia, a 3M realizou, ao longo dos últimos dois anos, o Projeto de Eficiência Energética, que consiste em uma metodologia de balanceamento de estufas. Liderado pelo Comitê de Eficiência Energética e pelo Energy Champion, a ação é gerenciada constantemente, a fim de mapear o uso da energia e possíveis melhorias. A ação, concebida no país, resultou em uma redução de 1.178.140 gigajoules, em 2014.

Com o intuito de ter maior controle das práticas que auxiliam na redução de energia e dos respectivos resultados, a 3M do Brasil tem como meta, para 2015, investir na melhoria do sistema de coleta de dados ambientais, a fim de assegurar o cumprimento de seus planos relativos à redução do consumo energético.

Água e efluentes

[GRI EN8 EN10 EN21 EN26]

  • redução de

    2mil

    metros cúbicos por mês no consumo de água da unidade Sumaré

    Há em operação sistemas de Osmose Reserva e Ozônio que permitem atualmente reutilizar 24 mil metros cúbicos de água por ano, o equivalente a

    36%

    do volume de água utilizada.

A 3M do Brasil utiliza água proveniente de poços artesianos, lago superficial e pequena parte de fornecimento externo por companhia de saneamento. Em todas as unidades o gerenciamento da água respeita normas e padrões da legislação pertinente. Abaixo estão listadas as origens da água utilizada nas operações da Companhia.

Fonte Volume (m3)
Água de superfície, incluindo áreas úmidas, rios, lagos e oceanos 57.235
Água subterrânea 78.930
Total de retirada 136.165

Na fábrica de Sumaré, por exemplo, o efluente passa por tratamento físico-químico e biológico e conta com sistema de reuso de água, sendo que, em 2014, foram descartados, no corpo receptor, 48.573 mil metros cúbicos e uma redução de 2 mil metros cúbicos por mês no consumo da unidade, em função do sistema de reuso. Há em operação sistemas de Osmose Reversa e Ozônio que permitem atualmente reutilizar 24 mil metros cúbicos de água por ano, o equivalente a 36% do volume de água utilizada.

Emissões

[GRI EN16 EN18 EN19 EN20 EN29]

Em 2014, a 3M do Brasil registrou uma redução de 23% em suas emissões de GEE (Gases de Efeito Estufa) em relação ao ano de 2013. Com relação a 2010, ano base para as metas da empresa, houve uma redução de 28%. Para calcular suas emissões, a empresa adota a metodología IPCC – International Panel for Climate Change, uma das mais reconhecidas e utilizadas no mundo para esse tipo de controle e medição.


Total de emissões
(em toneladas CO2 equivalente/tonelada de produto)*


*Cálculos feitos com base na metodologia IPCC – International Panel for Climate Change

Um dos importantes instrumentos da Companhia para redução das emissões são os Projetos 3P (Prevenção à Poluição se Paga – veja mais aqui). Ao todo, 46 projetos foram implementados em 2014, sendo que todos contribuíram para os resultados de redução de CO2 da companhia.

A 3M do Brasil também procura reduzir as emissões geradas no transporte de produtos e pessoas. A empresa administra uma frota de veículos que conta atualmente com 698 automóveis em todo o território nacional.  Para minimizar os impactos disso, são adotadas as seguintes práticas:

  • Renovação da quase totalidade da frota a cada 36 meses.
  • Execução do plano de manutenção preventiva conforme manual do usuário e requerimento das montadoras.
  • Utilização de fornecedor de qualidade reconhecida para gerenciamento do plano de manutenção dos veículos e dos abastecimentos.
  • Comunicação mensal indicando a viabilidade de uso do Etanol para os motoristas, ação que aumenta o uso de combustível renovável em aproximadamente 25%
  • Acompanhamento dos abastecimentos junto ao fornecedor de “Cartão Combustível” (cartão de crédito utilizado pelos usuários da frota 3M para abastecimento dos veículos somente em postos da rede credenciada).
  • Análise das emissões do período.
  • Análise do TCO (Total Cost of Ownership– Custo total de posse do veículo por quilômetro), com a divulgação do consumo dos veículos como parâmetro fundamental na escolha de marcas e modelos anualmente.

Quanto ao transporte de funcionários, um consultor externo fica a cargo de auditar laudos anuais emitidos pelas empresas contratadas para esse serviço. Essas empresas também são obrigadas por contrato a respeitar as legislações relacionadas e a dispor de veículos com no máximo seis anos de uso. O contrato com essas parcerias só é renovado perante o atendimento dessas condições e a cada cinco anos.

As emissões de viagens também estão no foco. A 3M possui uma política global que prevê a obrigatoriedade de aprovação de todos os deslocamentos nacionais pelo proponente direto e de todas as viagens internacionais pelo diretor-presidente. Dessa forma, não são realizadas viagens com pouca ou sem necessidade.


A 3M do Brasil mantém rigoroso controle sobre a emissão de gases refrigerantes contemplados nos anexos A, B, C e E do Protocolo de Montreal em suas fábricas, inclusive, com políticas dedicadas a substituição de gases com alto potencial de depressão da camada de Ozônio. Já os VOCs (Compostos Orgânicos Voláteis) são monitorados desde 1990. A cada cinco anos são estabelecidas metas corporativas de redução, frente às quais a empresa vem se superando a cada ciclo. Em 2014, foram emitidas 182 toneladas desse composto, 58% a menos do que as emissões apuradas em 2010 em valores absolutos. Adicionalmente, a Companhia emitiu 156 quilos de NOX e 230 toneladas de poluentes atmosféricos perigosos.

Atenta aos possíveis danos decorrentes da emissão de substância destruidoras da camada de ozônio, a fábrica de Itapetininga da 3M do Brasil reduziu suas emissões em 1.499 GJ por meio da migração da queima de Óleo BPF para Gás Natural.

No mesmo sentido, a unidade de Ribeirão Preto passou a realizar o aquecimento do ar de entrada de combustão de uma de suas caldeiras por meio do vapor flash do retorno de condensado. A medida permite que a cada 10ºC de aumento da temperatura haja uma melhora de 1% na eficiência da queima do combustível necessário para a geração de vapor. O novo procedimento proporcionou uma redução de mais de 1.594 GJ de gás.

Resíduos

[GRI EN22]

Em 2014, foram geradas 144, 7 mil toneladas de resíduos pela 3M, que foram dispostas conforme quadro a seguir. Essa quantidade é 16% maior que a verificada em 2013.

A campanha COPQ (Custo da Má Qualidade – veja mais aqui) deve contribuir para a redução da geração de resíduos nos próximos anos. Lançada em 2013, ela vem mobilizando as equipes de manufatura na busca de soluções nesse sentido.

A empresa também conta, desde 2013, com um grupo de trabalho interno que visa fomentar as melhores práticas de destinação de resíduos entre as fábricas e verificar onde há sinergias nas unidades para o aproveitamento dos resíduos. Para isso, auxilia na padronização dos processos internos e na identificação de parceiros que trabalhem com reciclagem.

Geração de resíduos (em toneladas)
  2010 2011 2012 2013 2014
Tratamento 283,78 38,4 347,452 373,26 395,56
Aterro 4.531,30 4.677,80 5.375,10 5.144,10 5.144,30
Coprocessamento 1.371,66 1.332,80 1.425,60 1.457,40 1.351,40
Produtos 105.004 116.188 115.937 109.449 130.351
Reciclagem 7.204,52 7.649,20 7.579,60 8.125,50 7.468,40
Total 118.350,26 129.886.20 130.664,75 124.549,26 144.710,66

Dê a mão para o futuro

Programa executado desde 2009 em parceria com a ABIPLA (Associação Brasileira de Produtos de Limpeza e Afins) e ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), associações que fazem a identificação, a capacitação e a instrumentalização de cooperativas para que elas possam contribuir com a reciclagem pós-consumo de embalagens de vidro, papel, metal e plástico. Começou no Rio de Janeiro e foi estendido para o Paraná, Minas Gerais e São Paulo.

Derramamentos

[GRI EN23]

Em 2014, foi registrado derramamento significativo apenas na unidade de Sumaré (SP). Foram derrubados cerca mil quilos de substância RF 2236 (A+), no entanto, a equipe responsável agiu rapidamente, evitando possíveis impactos ambientais.

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