04DIVERSIFICAÇÃO COM SUSTENTABILIDADE

DIMENSÃO AMBIENTAL

Mitigação dos impactos ambientais

Para o Grupo Eternit, o ambiente onde suas empresas atuam é uma extensão das próprias operações, uma vez que a proteção e o respeito ao meio ambiente são essenciais para a sustentabilidade dos negócios. Seus colaboradores, portanto, estão orientados a seguir suas políticas de responsabilidade ambiental, previstas no PEG (Programa de Excelência em Gestão) e aplicáveis em todas as instalações da Companhia.

Por suas iniciativas nesse sentido, a Eternit, a Precon Goiás e a SAMA são certificadas com a ISO 14.001 - Sistema de Gestão Ambiental, que ratifica a mitigação de impactos ambientais significativos na biodiversidade, como emissões atmosféricas, tratamento de efluentes e correta destinação de resíduos. A SAMA, inclusive, foi a primeira mineradora de mineral crisotila do mundo a receber a chancela. Todas essas unidades seguem o Sistema de Gestão Ambiental, que é apoiado por uma ferramenta capaz de promover o levantamento, a avaliação e o controle dos aspectos ambientais aplicáveis às atividades do Grupo por meio do cruzamento de informações sobre as Legislações Federal, Estadual e Municipal. Essa ferramenta é baseada na metodologia FMEA (Failure Mode and E ect Analysis - Análise de Modo e Efeito de Falha). Todos os requisitos legais aplicáveis são controlados de forma a garantir o atendimento integral a cada um deles. EN26

A Tégula, recém-adquirida pela Eternit, ainda está em processo de certificação pela ISO 14.001. Por essa razão, está implementando processos de controle da poluição do ar, da terra e das águas. Exemplo disso é a adoção de desmoldantes sintéticos em vez de óleo diesel para desmolde das telhas, entre outras ações. EN26

Nos subcapítulos a seguir, estão relatadas de maneira mais aprofundada todas as ações do Grupo Eternit de mitigação de impactos ambientais conforme tipo de impacto e recurso natural atingido.

Em 2010, os investimentos na destinação dos resíduos, tratamentos de emissões, mitigações de impactos, prevenção e gestão ambiental saltaram de R$ 3,9 milhões para R$ 6,7 milhões, devido a maiores custos nos sistemas de despoeiramento e depreciação em função das novas linhas de produção de fibrocimento, além da substituição das mangas de filtros na mineradora SAMA. EN30

Tipos de Custo   Discriminação dos custos   2010   2010 Pro-forma(*)   2009
Custos com disposição de resíduos, tratamentos de emissões e despesas em mitigação dos seguintes itens:   Tratamento e disposição de resíduos   1.143   1.142   518
  Tratamento de emissões   1.643   1.643   525
  Certificados de emissão   54   54   53
  Depreciação, materiais e manutenção   493   493   260
  Custos de limpeza total   1.409   1.409   141
  Subtotal   4.742   4.741   1.496
Custos de prevenção e gestão ambiental com base em despesas relacionadas aos seguintes itens:   Educação e treinamento   170   169   26
  Serviços externos de Gestão Ambiental   513   504   126
  Certificação externa   116   116   -
  Atividades gerais da Gestão Ambiental   16   14   8
  Pesquisa e desenvolvimento   5   5   -
  Despesas para instalar tecnologias limpas   35   35   15
  Outros custos com Gestão Ambiental   1.148   1.148   2.318
  Subtotal   2.002   1.991   2.492
    Total   6.744   6.733   3.989

(*) Para fins de comparabilidade, os dados da controlada Tégula não foram considerados.

Devido aos seus investimentos em iniciativas de mitigação dos impactos ambientais, em 2010 nenhuma empresa do Grupo Eternit recebeu multas significativas ou sanções não monetárias devido a não conformidades com as leis e regulamentos ambientais. EN28

MATERIAIS

A Eternit trabalha com a política de rejeito zero, ou seja, consumo integral dos materiais, inclusive das embalagens. Nas unidades produtivas de fibrocimento, os materiais provenientes de quebras são moídos e novamente aproveitados na mistura, não havendo geração de resíduo industrial. Os produtos não conformes são reaproveitados no processo e reutiliza-se até o papel de escritório na fabricação de telhas. A água também não sai das instalações da fábrica, sendo mantida em circuito fechado e, portanto, retida e reutilizada na operação fabril. Já a água usada na área administrativa também é tratada e reutilizada para irrigação de jardins. Algumas unidades também aproveitam a água das chuvas.

A exceção são as borras oleosas, feltros, mangueiras, pneus e sucatas metálicas, que são destinados a empresas especializadas de descarte. Outros materiais são reciclados pelo programa RECICLAnit, que, desde 2006, mantém nas fábricas coletores de materiais recicláveis que são destinados a cooperativas ou empresas de reciclagem. Na SAMA, esse projeto está sob responsabilidade do projeto Sambaíba, alinhado ao conceito dos 3 Rs – Reduzir, Reutilizar e Reciclar.

Quando comparado com 2009, a evolução no consumo de materiais se dá em função do aumento de produção na mineração do crisotila, no fibrocimento, pelos novos produtos que passam a usar mais tintas e pela incorporação da Tégula.

A tabela a seguir mostra a relação de materiais utilizados no processo produtivo da Companhia e também o percentual dos insumos reciclados: EN1 EN2

    Materiais Utilizados por Peso e Volume / Percentual   Matéria-Prima   Insumo   Quantidade 2010   Quantidade 2009   Unidade   Direto   Não Renovável   Reciclado
Coberturas de fibrocimento e Sistema Construtivos   Mineral Crisotila   X       68.465,56   51.883,65   t   X   X    
  Calcário   X       146.345,38   121.012,09   t   X   X    
  Celulose Reciclada (jornais)   X       11.781,47   10.180,89   t   X       X
  Cimento   X       446.020,58   361.923,14   t   X   X    
  Bobinas de aço   X       619,39   138,70   t   X   X    
  Filler   X       17.989,70   22.035,34   t           X
  Resíduo de Calcário (Lama Call)   X       4.594,24   2.239,35   t   X   X    
  Resina Polietileno   X       1.507,71   459,36   t   X   X    
  Tinta de Alumínio   X       9.702,00   3.929,00   L   X   X    
  Tinta Cerâmica   X       216.904,42   1.861,11   L   X   X    
  Sarrafos de Madeira   X       9.527,70   10.181,72   t   X       X
  Lâminas de Pinus   X       2.411,90   2.091,67   t   X       X
  Madeira (Paletes)       X   119.771,28   85.594,65     X       X
  Outros Materiais Líquidos       X   1.174.105,42   444.803,92   L       X    
  Outros       X   3.086,90   1.820,82   t       X    
Coberturas de concreto e acessórios   Cimento   X       45.505,29   -   t   X   X    
  Areia   X       203.354,83   -   t   X   X    
  Filler   X       1.793,17   -   t   X   X    
  Pigmento   X       368,47   -   t   X   X    
  Verniz   X       210,86   -   t   X   X    
  Lecitina de Soja       X   36,42   -   t       X    
  Ripa Pinus       X   112,94   -   t       X    
  Armação Pinus       X   184,22   -   t       X    
  Filme Stretch       X   37,98   -   t       X    
  Outros Materiais Líquidos       X   700.489,77   -   L       X    
Mineração do Crisotila   Minério   X       4.870.538,69   4.708.303,09   t   X   X    
  Estéril   X       11.328.058,00   8.580.976,00   t   X   X    
  Plástico       X   269,97   254,92   t   X       X
  Madeira (Paletes)       X   4.154,22   4.036,28   t           X
  Diversos       X   17.134,64   14.836,85   t       X    
  Saco sanfonado para embalagem   X       5.755,50   573,07   t   X       X
    Total de insumos usados no Grupo Eternit           17.210.087,26   13.892.946,94   t            
  Total de insumos usados no Grupo Eternit           2.101.201,61   450.594,03   L            
  Total de insumos usados no Grupo Eternit           119.771,28   85.594,65              
  Total de materiais não renováveis           17.137.975,26   13.843.593,05   t            
  Total de materiais não renováveis           2.101.201,61   450.594,03   L            
  Total de materiais direto           17.147.391,70   13.850.217,65   t            
  Total de materiais direto           226.606,42   5.790,11   L            
  Total de materiais direto           119.771,28   85.594,65              
  Percentual reciclados           0,31%   0,36%   t            
  Percentual reciclados           100,00%   100,00%              

Os resíduos decorrentes do processo produtivo recebem as corretas destinações por meio da contratação de empresas especializadas. As empresas do Grupo Eternit não efetuam a importação e exportação de resíduos, apenas destinam seus resíduos perigosos para os devidos tratamentos, não tendo derramamentos significativos. EN22 EN24

Com relação aos derramamentos, a Eternit, a Precon Goiás e a Tégula não registraram ocorrências significativas em 2010. Já na SAMA, ocorreu o derramamento de uma média de 400 litros de óleo devido à quebra de uma peça interna do britador e de 200 litros de óleo do tanque de uma das máquinas de extração. Os locais de derramamento foram forrados com serragem para absorver o resíduo, que posteriormente foi recolhida e enviada ao coprocessamento. Após a retirada da serragem, esses locais foram lavados com produto especial e o efluente gerado foi encaminhado para uma caixa separadora de água e óleo. Houve, ainda, derramamento de 20 litros de desengraxante durante transbordo de containeres no almoxarifado, que foram bombeados para outro container e reaproveitados na área de máquinas pesadas. Nenhum dos derramamentos afetou corpos d’água ou solo. EN23

Para manter a melhoria contínua, a Eternit estabelece constantemente metas e programas para diminuir o impacto ao meio ambiente. Além disso, a mineradora deposita os rejeitos e o estéril decorrentes do processo de extração em bancas – áreas que, quando em situação final de deposição, são recuperadas com o plantio das mais diversas espécies do cerrado. Em 44 anos de atividade, foram revegetados mais de 1.037 mil m².

EMBALAGENS

A Eternit e a Precon Goiás reaproveitam 100% das embalagens do mineral crisotila no processo fabril do fibrocimento. Adicionalmente, todos os produtos acabados expedidos por essas unidades fabris utilizam calços e sarrafos de madeira em suas embalagens, que, ainda, são passíveis de recuperação. Em 2010, o reaproveitamento desses materiais gerou uma economia de, aproximadamente, R$ 331 mil. Para as matérias-primas – cimento e calcário – as embalagens são dispensadas com a armazenagem em silos. EN27

Em 2010, retornaram para a mineradora 800 paletes da fábrica de Goiânia para reforma e reuso na embalagem do produto final, o suficiente para acondicionar 1,6 mil toneladas de produto acabado. Na SAMA, com a utilização das partes finais dos lotes de produção que não completaram um palete, são formados novos lotes. A soma dessas partes resultou em um aproveitamento de 1.314 toneladas de minério crisotila, o equivalente a uma economia de 26.280 sacos de ráfia. Os próprios paletes são confeccionados de sobras de madeira das serrarias, não havendo supressão de vegetação especificamente para a produção dessas peças, conforme as políticas da SAMA de preservação ambiental.

ENERGIA

A Eternit adquire energia elétrica de distribuidoras sediadas nos estados em que possui unidades produtivas. A meta da Companhia é reduzir o consumo e, para isso, foi implantado um sistema controlador de demanda, cuja função principal é liberar energia nos horários de ponta, ou seja, de consumo máximo. O consumo total de energia elétrica indireta, comprada das distribuidoras em 2010, foi de 126,4 milhões KWh (em 2009 foi de 114,0 milhões KWh), sendo 56% desse consumo correspondente à mineradora, 2% à Tégula e o restante à Eternit. EN4 EN5

Para economizar energia elétrica, a SAMA utiliza um SGE (Sistema Gerenciador de Energia) similar ao da Eternit, além de ações do programa 6 Sigma, que resultaram em uma redução de 0,8% no consumo em 2010 frente a 2009 (respectivamente 236 Kwh/ tonelada de fibra produzida e 238 Kwh/tonelada de fibra). As fábricas do Grupo também vêm adotando soluções nesse sentido. A fábrica de Colombo, por exemplo, possui uma caldeira a lenha para gerar energia a partir de resíduos de madeira, como embalagens e sobras da produção do Painel Wall. Essa mesma fábrica instalou, em 2010, um sistema de geração própria, utilizado em horário de ponta. O sistema gerou uma economia de R$ 631 mil. Na fábrica de Simões Filho (BA), onde a geração própria foi implantada em junho de 2010, a economia foi de R$ 195 mil até dezembro.

Outra medida de economia, que envolveu todas as fábricas, foi o controle de excedentes reativos, resultando na contenção de R$ 33 mil. A Tégula também adota medidas para minimizar o consumo. Na filial de Frederico Westphalen (RS), foi feita uma reforma no isolamento térmico dos dutos de água quente e todo o sistema de fluxo de água quente foi isolado com lã de vidro desde a geração até os pontos de consumo (câmaras de cura). As válvulas das bombas, os trocadores de calor e os ventiladores de ar também ganharam novo revestimento. Já na fábrica de Içara (SC), foram instalados sensores de presença para acendimento das luzes do vestiário, do almoxarifado de acessórios e da sala do boiler (equipamento para geração de água quente).

Na unidade de Atibaia (SP), foi instalado um dos maiores conjuntos de painéis solares da América Latina, totalizando mais de 600. Esse grande investimento visou à substituição de combustível fóssil usado no aquecimento das câmaras de cura pelo aquecimento com o uso da energia solar dentro do processo de produção. Assim, a Tégula demonstra sua preocupação com o uso racional dos insumos com também o bem-estar de seus colaboradores e da região onde atua.

Existe um projeto para instalar geradores em todas as fábricas de fibrocimento até o final de 2011 para gerar energia elétrica no horário de pico utilizando o biodiesel. Trata-se de um sistema de comodato da Petrobrás pago de acordo com o consumo do biodiesel, podendo também ser utilizado como sistema de emergência. EN5 EN6

A matriz energética é também composta por fontes alternativas, conforme a tabela abaixo: EN3

CONSUMO DE ENERGIA DIRETA DISCRIMINADO POR FONTE DE ENERGIA

Consumo de Energia direta   Unidade   2010   2010 Proforma (*)   2009
Gás Natural     3.291.379,00   3.291.379,00   114.358,00
GLP     325.412,52   187.986,75   846.049,76
Óleo Diesel   L   799.088,49   569.528,00   3.740,00
Óleo Biodiesel   L   8.925.397,00   8.614.969,00   6.945.838,52
Óleo 2A   L/Kg   2.119.458,00   2.119.458,00   4.691.513,59
Carvão (lenha)     49.580,14   515,14   -
Acetileno   kg   1.925,30   1.613,00   5.902,00
Oxigênio     4.491,21   4.246,21   18.167,70
Óleo Vegetal   ton   2,43   -   -
Álcool   L   894,00   894,00   624,00

*Para fins de comparabilidade, os dados da controla Tégula não foram considerados.

Em 2010, o Grupo superou significativamente o consumo de gás natural relatado em 2009 – de 114.358 m3 para 3.291.379 m3 – em função do aumento na capacidade produtiva e da substituição do uso de combustível fóssil (Óleo 2A) nos fornos da secagem do mineral crisotila pelo gás natural e GLP (gás liquefeito de petróleo), que é menos poluente e emite pouco CO2, não emite SOx e não lança partículas na atmosfera, evitando a contaminação do solo ou dos lençóis freáticos. Com isso, a SAMA reduziu o consumo do óleo 2A que é mais poluente do que o gás natural e GLP. Na Tégula, na fábrica de Içara (SC), o Banco de Capacitores foi aumentado, gerando uma redução acumulada de 86.902 kQh de agosto a dezembro de 2010. EN6 EN7

EMISSÕES

As fábricas da Eternit, a Precon Goiás e a mineradora SAMA contabilizaram suas emissões diretas de GEE (Gases Geradores do Efeito Estufa) pela primeira vez em 2010. Para tanto, foi utilizada a metodologia do GHG Protocol Brasil, programa nacional de contabilização, quantificação e publicação de inventários corporativos de emissões de GEE. As fábricas emitiram no ano 8.979,18 toneladas equivalentes de CO2, enquanto a SAMA emitiu 36.875,50 toneladas equivalentes. EN12 EN16

Nas fábricas, o inventário foi adotado em 2010 como medida para quantificar possíveis impactos na biodiversidade, mapear as emissões e verificar possibilidades de melhorias tecnológicas e de redução das emissões visando ao atendimento integral das exigências da ISO 14.001. A medição desse ano não contempla combustão móvel indireta. Já as emissões indiretas de energia elétrica foram contabilizadas como âmbito 2 e totalizam um volume de 2.004,34 toneladas equivalentes. De acordo com o GHG, o âmbito 2 engloba as emissões que são consequência das atividades da empresa, mas ocorrem em fontes não pertencentes ou não controladas por ela. Já as de âmbito 1 são consideradas diretas, ou seja, são geradas por atividades que pertencem ou são controladas pela empresa. EN18 EN17 EN29

A SAMA também iniciou suas medições dos GEE em 2010. A mineradora mede atualmente o índice de fumaça preta de todos os veículos movidos a diesel que operam na planta industrial e os que entram na empresa para transporte dos produtos e descarga de materiais e insumos. Mede a fumaça preta também de 72 equipamentos movidos a diesel, sendo 45 para transporte de rocha, 15 para carregamento de rocha e 12 de apoio, bem como da frota de veículos leves movidos a biodiesel – 52 no total. Os resultados das medições estão dentro ou abaixo do padrão 2 da escala Ringelmann, escala gráfica para avaliação colorimétrica de densidade de fumaça, valor máximo permitido pela legislação. Os que não estão de acordo são proibidos de entrar no pátio da empresa até que sejam regularizados. Adicionalmente, a SAMA realizou testes com GLP (gás liquefeito de petróleo) e gás natural para atividade de secagem do minério, e, embora os resultados ainda não sejam conclusivos, foi comprovado relevante ganho ambiental, já que se trata de fonte limpa de energia, que não produz resíduos tóxicos e apresentam baixas emissões de monóxidos de carbono, óxidos de nitrogênio e óxidos de enxofre. Essa fonte de energia está contemplada no Protocolo de Quioto. EN17 EN29 EN18

Tanto nas fábricas quanto na mineradora, os levantamentos e coletas de dados ocorreram nos processos mapeados segundo o Sistema de Gestão, de forma a facilitar a integração com os dados já existentes, bem como a padronizar nomenclaturas e formas de levantamento e aproveitar a definição já consolidada de responsabilidades. EN16

A Tégula ainda não contabiliza ou reporta suas emissões, mas está iniciando o monitoramento dos equipamentos destinados ao aquecimento de água, movido a GLP (gás liquefeito de petróleo). Em março de 2011, deu-se início às medições do índice de fumaça preta por meio da Metodologia de Ringelmann em uma amostra dos caminhões que transportam seus produtos. Também serão analisados todos os veículos de propriedade da Tégula movidos a diesel. Essas iniciativas são parte dos esforços para a conquista da certificação ISO 14.001. EN16 EN17 EN29 EN20

No que tange à camada de ozônio, nenhuma das unidades Eternit nem a Precon utiliza as substâncias nocivas abrangidas pelos Anexos A, B, C e E do Protocolo de Montreal. A SAMA e a Tégula também não utilizam substâncias desse tipo. Nesta última, por exemplo, os aparelhos de refrigeração são movidos ao gás R22, que não agride a camada de ozônio. EN19

Já no que se refere à emissão de partículas, as fábricas controlam a qualidade do ar semestralmente, com medições em diversos pontos da quantidade de fibras/cm³ de ar.O limite estabelecido peloAcordo Nacional para Uso Seguro doCrisotila é de 2,0 fibras/cm³ ar, mas a prática do Grupo Eternit é de 0,1 fibra/ cm³.Também é realizado o monitoramento das saídas de todos os sistemas de despoeiramento e chaminés, de acordo com a Resolução 054/06 – Secretaria do MeioAmbiente (SEMA). EN20

A SAMA possui o maior sistema de filtros de manga da América Latina, somando ao todo mais de 17 mil elementos filtrantes. As medições ambientais e ocupacionais estão sempre abaixo do da meta da mineradora (0,1 fibra/ cm³).As medições ambientais, que seguem normas internacionais não previstas em Lei Federal, registram índices semelhantes aos de qualquer cidade ou local, uma vez que a fibra é natural e existe no ar, na água e em todo o planeta.

ÁGUA

Apesar do aumento na capacidade produtiva, o consumo de água do Grupo Eternit em 2010 foi 2,38% menor que em 2009 devido às medidas de redução. Nas fábricas da Eternit e na Precon Goiás, toda a água proveniente do processo produtivo é armazenada em tanques de decantação para posterior reutilização no processo produtivo, sendo que o único meio de ocorrerem perdas é por evaporação.Todas essas unidades possuem um circuito fechado onde a água do processo produtivo é 100% reaproveitada na produção, fazendo com que não haja descarte dessa água. As unidades ainda contam com a ETE (Estação deTratamento de Esgoto) responsável por captar, tratar e destinar os efluentes do esgoto gerado pelo uso de água oriundo do consumo humano na Companhia. Após o tratamento, a água é reutilizada na irrigação das áreas verdes. A companhia ainda não mensura o quanto é descartado, mas garante que esse descarte não afeta significativamente os corpos d´água e habitats relacionados, tampouco existem descartes em zonas úmidas incluídas na lista da Convenção de Ramsar. EN8 EN10 EN21 EN25

Em 2010, a SAMA consumiu 1.527 mil m³ de água captada em três fontes distintas. As águas de superfície são provenientes do Rio Bonito, sendo que 669 mil m³ foram bombeados e tratados na ETA, enquanto 74 mil m³ foram captados in natura pelos caminhões pipas no período de estiagem. Esses valores, 47,11% menores que o limite de 50 litros por segundo, são descritos em relatórios da ETA e Extração/Lavra (Sala Centralizada – Sistemas Industriais). A água armazenada no fundo das cavas é oriunda das chuvas e do rebaixamento do aquífero/lençol freático, numa proporção de 40% e 60%, respectivamente, e é utilizada no processo industrial para umidificação de pistas e rejeito; o volume dessas fontes é estimado e os cálculos para determinar suas origens são realizados tendo como referência o tamanho da área de influência em relação às chuvas e ao redor das cavas, considerando-se o índice pluviométrico de 2010. Outorga Rio Bonito: 1.576.800 m³/ ano (50 L/s x 60 x 60 x 24 x 365 = 1.576.800.000 L/s).

A partir do mês de junho, a SAMA reutilizou 15 mil m³ de água recirculada/reciclada, bombeada da Caixa de Decantação localizada após a Oficina de Manutenção e da Lagoa de Estabilização da ETE, no processo de Umidificação do Rejeito Industrial do Beneficiamento. Esse número representa 1,12% do volume total de água utilizada pela empresa.

Parte das águas das cavas, que devem ser esvaziadas para continuidade do processo de lavra, é destinada às Lagoas dasTartarugas e do Jacaré (lagoas de decantação) e, posteriormente, direcionadas aos corpos d'água (Lagoa do Caju e Córrego do Amianto) ou utilizadas na umidificação de pistas, rejeito industrial e frentes a serem desmontadas. Nesse último caso, percolam ou evaporam, não sendo possível reaproveitá-las. Os efluentes industriais oriundos do processo de beneficiamento e da lavagem de pistas impermeabilizadas são direcionados para caixas de decantação e posteriormente para a lagoa de estabilização. Na Estação deTratamento de Efluentes, a diferença no volume tratado (146.245 m³) e descartado (94.670 m³) fundamenta-se na quantidade de sedimentos carreados no esgoto bruto, cuja separação se dá por processo de filtração, somados à evaporação durante o processo de secagem nos leitos preparados para esse fim mais o volume percolado, direcionado para a lagoa de estabilização. Periodicamente, são realizadas coletas para medição e monitoramento da qualidade dos efluentes lançados no Córrego do Amianto (algumas com frequência diária, outras semestralmente), cujos padrões devem atender aos limites estabelecidos pela resolução Conama 357/2005. Os resultados das análises e avaliações realizadas por colaboradores das empresas Ecomaj e Conágua Ambiental atestam o cumprimento da legislação.

Após tratamento biológico na Estação de Tratamento de Efluentes, estes são direcionados para a lagoa de estabilização, antes do descarte no Córrego do Amianto, cuja vazão média em 2010 foi de 54,0 L/s (Conágua e Bioagri/2010). Nesse corpo d’água são realizadas análises químicas periódicas para avaliação da qualidade dos efluentes (algumas com frequência diária, outras semestrais), em atendimento a padrões estabelecidos pela resolução Conama 357/2005. Os resultados das análises e avaliações realizadas por colaboradores das empresas Ecomaj, Conágua Ambiental e Bioagri atestam o cumprimento da legislação. Em relação aos volumes totais da vazão (1.702.944,0 m³/ano) e lançamento 94.670 m³/ano), foram descartados 0,06% de efluentes no Córrego do Amianto. EN8 EN10 EN21 EN25

A Tégula também busca reutilizar água, coletando novamente parte do volume gerado na limpeza das máquinas aplicadoras de verniz. Atualmente 60% da água é reutilizada, porém a empresa vem buscando melhorar seu sistema de reaproveitamento, que conta ainda com um tanque de concreto aberto que, em dias de chuva, transborda para uma galeria pluvial. EN10

Por fim, em 2010, nenhuma fonte hídrica foi afetada significativamente pela retirada de água para a realização das atividades do Grupo Eternit, ao considerar os critérios de volume retirado, sensibilidade do ecossistema e proteção da área estabelecida. Além disso, não houve necessidade de realização de drenagem para a realização de qualquer atividade do Grupo. EN9

Total de Água Retirada por fonte   2010   2010 Proforma (*)   2009
Água de superfície   Áreas úmidas            
    Rios   742.714,74   742.714,74   957.545,28
    Lagos            
    Oceanos            
Água subterrânea                
        276.037,03   262.268,43   392.872,11
Água de chuva   Coletada / Armazenada   621.864,00   621.864,00   450.000,00
Efluentes de outra organização                
Abastecimento municipal       141.234,47   133.769,47   25.050,40
Abastecimento (outros)                
Total de m³       1.781.850,24   1.760.616,64   1.825.467,79

(*) Para fins de comparabilidade, os dados da controlada Tégula não foram considerados.

PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS

Na mineração de crisotila, a retirada do solo se restringe somente aos locais destinados ao avanço da lavra, à deposição de estéril proveniente da mina e ao rejeito do processo industrial, processos que são realizados com autorização do órgão ambiental responsável. A retirada é executada por escavadeira e o solo retirado é transportado por caminhões basculantes até o local da pilha de deposição. Parte do solo removido é utilizada diretamente na recuperação dos taludes em situação final (onde não haverá mais avanços) e parte é estocada em local separado para posterior utilização. Os principais objetivos da revegetação são diminuir o impacto visual causado pela deposição do estéril e do rejeito e proteger as pilhas contra a erosão eólica e hídrica. As áreas recuperadas são inspecionadas periodicamente, para verificação do desempenho da proteção vegetal do solo. Caso seja necessário, a SAMA realiza ações corretivas das imperfeições detectadas.

As áreas impactadas pela atividade da mineração no Brasil têm a recuperação assegurada em constituição por meio do PRAD (Plano de Recuperação das Áreas Degradadas). Na SAMA, a execução do plano passa pelo bom planejamento da lavra com vistas ao futuro.

As cavas da mineradora, apesar de profundas (atualmente com aproximadamente 170 metros de profundidade), estão seguindo ângulos geotecnicamente estáveis em relação aos taludes, definidos segundo estudos realizados pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas e Escola Nacional Superior de Minas) de Paris.

Ao final das atividades, prevista para daqui a 31 anos, as cavas serão utilizadas para a formação de lagos que aproveitam a água subterrânea e das chuvas, oferecendo várias possibilidades de uso, como criatório de peixes para pescaria, recreação contemplativa, esportes aquáticos e outros. Ao lado das cavas, está prevista a construção de área de camping, com estacionamento, banheiros, administração, acesso para barcos, playground e outras estruturas de lazer.

As bancas de estéril e rejeito serão estabilizadas geotecnicamente e totalmente recobertas com solo e revegetadas. O que não for possível recobrir ainda durante a vida útil da mina será feito após o encerramento das atividades. Em uma das bancas de deposição está prevista a construção de mirante com placa explicativa dos pontos observados, local para estacionamento e tratamento paisagístico.

Parte das edificações, como, por exemplo, banheiro, refeitórios, oficinas e outras, poderá ser aproveitada para fins diversos, como:

  • Museu sobre a história do mineral, com fotografias, amostras de mineral e equipamentos utilizados durante a fase de exploração da mina;
  • Sede da administração da área de lazer;
  • Estações de tratamento de água e esgoto, desenvolvidas para servir à vila residencial e às edificações remanescentes; e
  • Após a paralisação das atividades da SAMA, parte das edificações poderá ser utilizada para a criação de uma área industrial no município.

O cronograma provisional de execução do PRAD após o encerramento das atividades de mineração foi pensado para o período entre 2042 e 2051. O documento inclui etapas da desativação e limpeza da mina, manejo da infraestrutura, estabilização e preparação do solo, obras de engenharia e monitoramento. O investimento previsto para recuperação do "site" após fechamento da mina é de aproximadamente R$ 10 milhões. Após o encerramento das atividades da mina, a área recuperada continuará sendo monitorada até a sua completa estabilização. SO1 EN14


Revegetação das bancas de rejeito da mineradora SAMA

BIODIVERSIDADE

Nenhuma das atividades do Grupo Eternit afeta as espécies presentes na Lista Vermelha da IUCN (Internacional Union for Conservation of Nature). Adicionalmente, o Grupo preserva e mantém reservas ambientais nas unidades fabris de Colombo (PR), Simões Filho (BA) e Atibaia (SP), bem como na SAMA. A fábrica de Colombo ocupa 58.377 m² da APA (Área de Preservação Ambiental – unidades de conservação instituídas pelo poder público) do Iraí, que se estende por 115 km², em áreas de cinco municípios. Incrustada em parte da Serra do Mar, essa APA possui nas regiões planas a área de transição entre as florestas Ombrófila Mista, também conhecida como floresta de Araucária, e Ombrófila Densa, abrigando um dos últimos remanescentes de campos de várzea. A fábrica mantém parceria com a ONG SPVS – Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem visando à educação ambiental para a revitalização da sua reserva e a recuperação da mata ciliar.

A fábrica de Simões Filho está inserida na APA – Joanes/Ipitanga, na região da Sub-Bacia Hidrográfica do Rio Itamboatá, considerada importante fonte para o abastecimento de água da Região Metropolitana de Salvador. Trata-se de uma das principais áreas de proteção do Recôncavo Norte Baiano, caracterizada pelo clima quente-úmido e belas praias associadas às dunas com vegetação de restinga. Há, ainda, manguezais ricos em biodiversidade no estuário do Rio Joanes, além de remanescentes de Mata Atlântica e avifauna representativa. A área da fábrica possui 801 mil m² de reserva ambiental preservada e 53 m² de área construída. A reserva foi iniciada em 2006 em parceria com a Fundação Terra Mirim e a UFBA (Universidade Federal da Bahia), com a realização do inventário dos recursos hídricos, da fauna e da flora do entorno da unidade e elaboração de plano de ação para a abertura de trilhas, aliada a um projeto de educação ambiental para os jovens da comunidade.

A fábrica de Atibaia, da Tégula, também está inserida em área de preservação ambiental, com uma extensão total de 4.881 m², às margens do Ribeirão Ponte Alta. Essa área é composta por aproximadamente 20% de vegetação nativa e o restante em vegetação rasteira e capim.

Na SAMA, cerca de 80% dos 4,5 mil hectares da área sob tutela é mantida como reserva florestal, localizada na Serra de Cana Brava, em Minaçu (GO). A mineradora mantém no local Criadouro Conservacionista, tido como habitat protegido e regulamentado pelo IBAMA. EN11 EN13 EN15

Tanto as fábricas da Eternit quanto a mineradora SAMA são certificadas pela ISO 14.001, que estabelece padrões de controle e mitigação de impactos da Companhia na biodiversidade em que está instalada. Dentro do mapa de risco exigido pela certificação, são verificados mais de 2.000 pontos de atenção com o meio ambiente. A Tégula está em processo de adequação para pleitear a certificação. EN12


Projeto Quelônios - Tartarugas da Amazônia
Habitats protegidos ou restaurados
Localização   Fábrica Colombo (PR)   Fábrica Simões Filho (BA)   SAMA – Minaçu (GO)   Fábrica Atibaia (SP) - Tégula
Estágio   Reserva Ambiental   Reserva Ambiental   Reserva Ambiental   Área de Preservação Ambiental
Responsável pelo estudo   SPVC – mapeamento defauna e flora   Fundação Terra Mirim – mapeamento de fauna e flora   Ibama – Projeto Quelônios   Paulo C. R. Rocha (Agrimensor) - Levantamento da Área de Preservação Permanente
Tempo de domínio da área   Desde 1975   Desde 1967   Desde 1999   Desde 1994
Tamanho m2   58.377   854.000   36.000.000   4.881

CONSERVAÇÃO

Em 1995, a SAMA implantou o Projeto Quelônios, uma parceria com o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) para a conservação de espécies nativas de quelônios, como tartarugas da Amazônia, tracajás, cágados, tigres d’água e jabutis. O objetivo é sensibilizar e conscientizar a comunidade acerca dos cuidados com o meio ambiente. Atualmente, 809 quelônios estão sob a tutela do programa, que compreende duas atividades complementares: o manejo da reprodução da tartaruga da Amazônia e a educação ambiental.

Estabelecido numa área de 36 mil m², trata-se do único Criadouro Conservacionista de Quelônios dentro de uma empresa no Brasil e é considerado padrão de referência para esse tipo de iniciativa. Além de quelônios, o Projeto recebe de órgãos de proteção ambiental (Polícia Ambiental Estadual, Fauna/IBAMA) outras espécies de animais silvestres para tratamento e reintegração ao meio ambiente, como araras, papagaios e macacos.

No Rio de Janeiro, a Eternit firmou uma parceria com o Riozoo – Jardim Zoológico do Rio de Janeiro, adotando um chimpanzé e uma coruja no projeto Adoção é o Bicho. A fábrica Goiânia apoia, desde 2004, a Campanha de Preservação do Rio Araguaia, que visa à educação ambiental dos turistas e da população ribeirinha do Rio Araguaia.

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