Mensagem do Presidente do Conselho de Administração
Sérgio Spinelli Silva Júnior

Ao longo de 2007 consolidamos o processo iniciado há pouco mais de dois anos com o objetivo de promover uma profunda reestruturação na forma de atuar da Brasil Telecom. Assumimos a gestão ao final de 2005 com o desafio de reposicionar a Companhia e colocá-la em uma trajetória ascendente dentro de um mercado cada vez mais competitivo, de criar valor para os acionistas e de criar uma nova cultura organizacional fundada em princípios éticos e nas boas práticas de governança corporativa. Os resultados da Brasil Telecom no ano passado (2007) demonstram o acerto do posicionamento estratégico que definimos para a Companhia.

A trajetória de crescimento e de criação de valor para os acionistas da Brasil Telecom estão traduzidas nos números alcançados pela Administração da Companhia. A base de clientes – operações fixa e móvel, além do serviço de banda larga– alcançou 13 milhões de clientes, um crescimento de 5,7% em relação ao ano anterior. O lucro da Brasil Telecom foi novamente recorde, atingindo a marca de R$ 671,3 milhões. A distribuição de dividendos e juros sobre o capital próprio aprovada pela empresa holding e pela operadora totalizou R$ 976,5 milhões no exercício. Pelo segundo ano consecutivo, a Brasil Telecom creditou aos acionistas valor superior a 100% do lucro líquido do exercício.

Esses resultados foram obtidos sem que houvesse qualquer descuido em garantir a excelência na qualidade dos serviços prestados pela Companhia. Em 2007, lançamos as bases de importantes projetos que buscam manter a Brasil Telecom na vanguarda de produtos e tecnologias, a fim de ampliar as suas receitas em novos negócios e compensar a redução da telefonia fixa, uma tendência global. Ratificamos a nossa estratégia de inovação constante, com foco no oferecimento de produtos convergentes. Em uma iniciativa pioneira, fomos a primeira empresa de telefonia a comercializar o serviço de IPTV no País. Outro movimento estratégico foi a completa absorção dos serviços de tele-atendimento aos nossos usuários, com a criação de uma nova empresa, a Brasil Telecom Call Center, mais um passo importante na continuada busca da melhoria dos serviços prestados pela Companhia.

Os mecanismos de governança corporativa da Brasil Telecom foram aperfeiçoados, com a implementação de um modelo de gestão colegiada na sua Diretoria Executiva– o que aumentou significativamente a abrangência de seu processo decisório – e com a vinculação das atividades da auditoria interna diretamente ao Conselho de Administração. Ampliamos também os nossos controles internos, com a definição e a implantação de um processo de gestão de riscos.

Temos a convicção de que essas conquistas devem-se ao empenho de todos os executivos e demais colaboradores da Brasil Telecom. Por isso, dedicamos especial atenção à gestão de pessoas, buscando atrair e reter talentos na Companhia, assegurando-lhes justo reconhecimento. No campo da responsabilidade social, a Companhia lançou as bases de um projeto que vai contribuir para a melhoria da educação no País: o Projeto Educação Digital levará, já em 2008, laboratórios de informática, conteúdo pedagógico especial e treinamento para alunos e professores de 50 escolas da região de atuação da Brasil Telecom.

Esse conjunto de realizações nas mais diversas frentes nos enche de satisfação. A Brasil Telecom é hoje uma empresa forte, motivada e pronta para encarar os desafios do futuro. Ao passar 2007 em perspectiva, constatamos com orgulho que estamos cumprindo a missão que nos foi confiada pelos nossos acionistas.

 

Mensagem do Presidente
Ricardo Knoepfelmacher

Quando assumimos a gestão da Brasil Telecom, tínhamos a clara noção do enorme desafio que se apresentava. Além de melhorar os resultados no curto prazo, precisávamos criar as condições para a perenidade do negócio, colocando no centro da nossa estratégia questões que hoje são decisivas para a sobrevivência das organizações: o relacionamento com os clientes, as boas regras de governança corporativa e a responsabilidade socioambiental. Inspirados por essa visão, traçamos um vigoroso plano de trabalho, com objetivos e metas ousados, que foram comunicados a todos os nossos funcionários de forma bastante clara.

Ao passar 2007 em perspectiva, verificamos expressivos avanços em todas as frentes. No que se refere ao resultado, desenvolvemos novas fontes de receita que garantiram o crescimento do faturamento, a despeito do declínio do uso dos serviços de telefonia fixa – uma realidade que atinge todo o setor. Paralelamente, demos prosseguimento a um conjunto de medidas que garantiu uma drástica redução das despesas da Companhia. Uma das mais importantes iniciativas nesse sentido foi a decisão, inédita no Brasil, de mantermos contrato somente com um fornecedor para a prestação de serviço de manutenção das plantas interna e externa.

Em consequência desse trabalho, conseguimos fazer crescer nossas receitas globais em 5,9%, obter margem EBITDA de 34,3% e um lucro líquido recorde de R$ 671,3 milhões. A nova percepção dos investidores fez com que o valor de mercado da Brasil Telecom passasse de R$ 8.806,3 milhões ao final de 2006 para R$ 12.215,4 milhões ao final de 2007.

Garantíamos o presente e preparávamos o futuro. Cientes da importância da satisfação do cliente para o sucesso do nosso negócio, decidimos colocá-lo no centro da nossa estratégia. Toda a empresa foi mobilizada em torno do Projeto Ryan, assim batizado em alusão ao filme “O Resgate do Soldado Ryan”, sobre uma operação de salvamento na II Guerra Mundial. Através desse projeto, buscamos conhecer o nível de satisfação e as expectativas de milhões de brasileiros que já utilizam diversos de nossos serviços, além de antecipar as necessidades de um enorme contingente que nos últimos anos foi incorporado ao mercado de consumo.

Esse diagnóstico pautou nossas ações no que se refere ao desenvolvimento de produtos e ao atendimento. Instalamos em São Paulo, Curitiba e Porto Alegre equipamentos em tecnologia WiMax. Passamos, de forma inovadora, a ofertar aos nossos usuários residenciais de Brasília o produto Videon, que disponibiliza conteúdo de vídeo sob demanda. Vencemos licitação de licenças para operação na tecnologia 3G, que vai proporcionar um serviço de qualidade ainda melhor. Com o claro objetivo de aprimorar a experiência do cliente em seu relacionamento com a Companhia, adotamos uma medida arrojada ao assumir a operação de atendimento ao cliente, com a criação de uma nova empresa, a Brasil Telecom Call Center.

Todo esse trabalho tem sido desenvolvido com base em valores éticos. Em 2007, dirigimos boa parte dos nossos esforços para o aperfeiçoamento das práticas de governança corporativa e para o exercício da transparência. Submetemos para aprovação da Assembléia o Estatuto da Companhia, desenvolvendo um modelo de gestão colegiada na Diretoria Executiva; a Diretoria de Governança passou a ser uma das Vice-Presidências; criamos Comitês para proporcionar agilidade na tomada de decisões e aumentar a integração entre as áreas. No esforço de aumentar a transparência, promovemos encontros periódicos com a comunidade financeira e adotamos uma política de diálogo permanente com a imprensa. Essa nova postura tem merecido reconhecimento, que se manifestou sob a forma de diversos prêmios recebidos durante o ano. Levantamentos realizados por duas importantes revistas de circulação nacional indicaram a Brasil Telecom como uma das preferidas dos analistas de mercado.

Na frente da Responsabilidade Social, iniciamos um projeto que vai contribuir para a melhoria da qualidade do ensino em escolas públicas. O Programa de Educação prevê a instalação de Oficinas Digitais Modelos em escolas brasileiras. O Grupo de Trabalho criado para este fim identificou as melhores práticas pelas quais as telecomunicações poderiam apoiar o desenvolvimento da Educação no Brasil. A partir desse diagnóstico, desenvolvemos o projeto, que será implementado em 2008.

Como podemos constatar, tivemos uma grande jornada, promovemos mudanças importantes. Mas, sem dúvida, a principal novidade foi termos colocado as pessoas no centro de todas as nossas discussões. Seja sob a perspectiva dos nossos acionistas; seja sob o olhar dos nossos clientes; seja sob o ponto de vista dos nossos colaboradores, que são a face aparente da Brasil Telecom; seja sob a percepção da sociedade como um todo. Temos a convicção de que a perenidade do nosso negócio passa pela incorporação dessa nova visão: investir nas pessoas para que possamos ter o bom atendimento aos nossos clientes como um diferencial com relação às demais empresas. Esse é o novo desafio que nos atribuímos.

1.Ricardo Knoepfelmacher (Presidente), 2.André Rizzi (VP de Suprimentos), 3.Jorge Jardim (VP de Relações Externas), 4.Francisco Santiago (VP de Operações), 5.Fábio Moser (VP de Governança e Negócios Corporativos), 6.Darwin Corrêa (Diretor Jurídico), 7.Luiz Francisco Perrone (VP de Planejamento Estratégico e Assuntos Regulatórios), 8.Giovanni Pedroso Foragi (Diretor de Gestão de RH), 9.Paulo Narcélio Simões Amaral (VP de Finanças e RI), 10.Wellington Geraldo Silva (Diretor de Comunicação)