Conquistas de 2012

GRU Airport - AEROPORTO INTERNACIONAL DE SÃO PAULO

[GRI 2.9]

A Invepar conquistou, em fevereiro de 2012, a concessão do Aeroporto Internacional de São Paulo, localizado em Guarulhos, São Paulo. Trata-se do maior aeroporto da América Latina, onde foram realizados 274 mil pousos e decolagens entre janeiro e dezembro de 2012. Ao todo, 32,8 milhões de passageiros foram transportados. A duração da concessão é de 20 anos.

O Aeroporto insere o grupo em uma nova área de atuação, abrindo-o às oportunidades que se projetam para o setor, que deve passar por novas licitações nos próximos anos. A administração ficará a cargo do consórcio composto pela Invepar e pela ACSA (Airport Company South Africa), detentor de 51% do capital da SPE (Sociedade de Propósito Específico) frente a 49% da Infraero. Desses 51%, 90% pertencem à Invepar e 10% à ACSA.

A ACSA possui ampla experiência nessa função, sendo responsável pela operação de nove aeroportos da África do Sul, entre eles três dos principais aeroportos internacionais – de O.R. Tambo (Johanesburgo), Cape Town e King Shaka (Durban). Também opera, desde 2006, o aeroporto de Mumbai, na Índia. Os aeroportos controlados pela companhia são internacionalmente reconhecidos pela eficiência operacional e qualidade de atendimento ao usuário.

A Concessionária Aeroporto Internacional de Guarulhos, como foi batizada a parceria entre Invepar e ACSA, assumiu o controle das operações em 15 de novembro de 2012. O controle definitivo se dará em 15 de fevereiro de 2013*. A empresa prevê investir R$6 bilhões no aeroporto até 2032, dos quais cerca de R$3 bilhões serão investidos até a Copa de 2014. Os recursos serão destinados a um conjunto importante de melhorias, que inclui a construção de um novo terminal de passageiros e de um estacionamento. Nesse sentido, já em dezembro de 2012, a Companhia contratou o primeiro empréstimo ponte junto ao BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) no valor de R$1,2 bilhão, do qual R$450 milhões já foram liberados.

* Controle efetivamente transferido na data indicada.

Os principais investimentos incluem a construção do novo Terminal 3, com capacidade para atender 12 milhões de passageiros ao ano, obra já iniciada e com conclusão em 2014;  um edifício-garagem, que irá adicionar cerca de 2.600 novas vagas de estacionamento, com conclusão prevista para maio de 2013; 22 novas pontes de embarque; novo pátio para aeronaves, com 36 posições; alargamento e ampliação das pistas; dois hotéis de alto padrão, um com 50 quartos, localizado na área restrita, voltado para passageiros em conexão internacional, e outro com 350 quartos, na área externa do Terminal 3; retrofit dos Terminais 1 e 2, com aumento das áreas de liberação de bagagem, controle de passaporte, raio X e ampliação das áreas comerciais e de serviços; um centro de convenções e um shopping center.

Quando os investimentos estiverem concluídos, a capacidade do aeroporto saltará de 30 para 60 milhões de passageiros. O aeroporto também será capaz de comportar 130 aeronaves, frente as 61 atuais posições. As vagas de estacionamento aumentarão de 4.100 para 20.000 até o fim da concessão.

A Concessionária do Aeroporto Internacional de São Paulo em números
  Capacidade de passageiros Posições para aeronaves Vagas de estacionamento Investimentos
Antes da concessão 30 61 4.100 -
Até 2014 42 97 10.000 R$3 bilhões*
Até o final da concessão 60 130 20.000 R$6 bilhões**

* R$3 bilhões em valores nominais, o equivalente a R$2,9 bilhões em valores reais.
** R$6 bilhões em valores nominais, o equivalente a R$4,5 bilhões em valores reais.

Como estratégia para ampliar as receitas na área comercial, está em andamento um projeto para oferecer aos visitantes um mix maior e mais adequado de lojas, bares, restaurantes, livrarias e serviços em geral. Nesse contexto, foi realizada, em novembro de 2012, a renovação dos contratos relativos à área de varejo duty free (de produtos com isenção ou redução de impostos) com a Dufry nos terminais atuais. Com base no novo acordo, essa empresa continuará operando o duty free até 2016 e terá sua área de vendas ampliada em aproximadamente 2,1 mil m². Atualmente, a Dufry opera um total de oito lojas somente nesse aeroporto, com uma área de vendas de aproximadamente 4,5 mil m². A expansão da área comercial ocorrerá nas seções de embarque e desembarque do Terminal 2, permitindo que a Dufry aumente ainda mais a sua linha de produtos e ofereça aos clientes internacionais as marcas mais vendidas. As novidades deverão ser inauguradas até o final de 2013.

 

 

Já ao assumir as operações do aeroporto, a Concessionária decidiu adotar uma nova marca para ele, que passou a se chamar GRU Airport – Aeroporto Internacional de São Paulo, em linha com o padrão internacional usado pelos principais aeroportos do mundo.

Para gerir a empresa responsável pelo aeroporto, foi feito um trabalho de recrutamento interno, com o propósito de direcionar pessoas já formadas na cultura Invepar e com os conhecimentos necessários para assumir posições estratégicas. Quando concluir todas as contratações, a empresa controladora do aeroporto empregará cerca de 1.800 pessoas diretamente, pois algumas funções anteriormente terceirizadas serão primarizadas.

VIA PARQUE RÍMAC

[GRI 2.9]

Março de 2012 foi marcado pela finalização do processo de incorporação da V.P.R. Brasil Participações S.A. Essa empresa detém 100% do capital social da Linea Amarilla S.A.C. (Lamsac), sociedade de propósito específico constituída em 2009 para explorar até 2039 a concessão para construir, manter e operar a via expressa denominada Via Parque Rímac, em Lima, no Peru. A Via Parque Rímac internacionaliza as atividades do grupo, em sintonia com sua Visão de “Ser líder e referência internacional no segmento de infraestrutura de transportes”.

 

 

Localizada na região metropolitana de Lima, capital peruana, a via é considerada o projeto de infraestrutura urbana mais importante do país, pois prevê não apenas melhorias na mobilidade, como também a recuperação de todo o entorno do Rio Rímac e investimentos na área social. Ao todo, serão 25 quilômetros de via expressa, que ligarão as principais radiais que chegam a Lima, seguindo para o Porto de Callao e para o Aeroporto Internacional. Destes, nove quilômetros serão de novas vias, três de pontes e viadutos, quatro de ampliação de pista e dois de um túnel sob o Rio Rímac. Em toda a sua extensão, a via contará com equipamentos e sistemas de controle operacional, de comunicação e de segurança. Estão previstas nove praças de pedágio, das quais cinco já estão em funcionamento. Quando a concessão estiver em plena operação, 80% da receita será proveniente dessas cinco praças. Os investimentos devem chegar a cerca de US$703 milhões. Devido às suas características, o projeto possui grande similaridade com a experiência da Invepar na operação da Linha Amarela, no Rio de Janeiro.

Relacionamento com a comunidade

Um dos principais desafios de uma obra como a da Via Parque são as desapropriações e a realocação de moradores. É preciso criar um relacionamento próximo com essas pessoas, de forma a fazê-las compreender os benefícios da via e as vantagens da opção de moradia oferecida pela empresa. Também é preciso desenvolver iniciativas que minimizem os impactos em suas vidas.

Para enfrentar o problema das desapropriações, a Via Parque Rímac está construindo 465 apartamentos, sendo 417 no complexo familiar Patio Unión e 48 no Edificio Multifamiliar Acomayo. Esses empreendimentos já contam, respectivamente, com 81 e 48 residências prontas. Mais de 40 famílias já foram assentadas no Acomayo e 81 solicitam mudança para o Patio Unión. Outras 32 famílias estão residindo em acomodações pagas pela empresa (com valor semelhante ao avaliado para o imóvel anterior).

Além disso, as obras da Via Parque Rímac estão gerando 1.071 empregos diretos e 231 indiretos. Também está sendo colocada em prática uma série de ações de responsabilidade socioambiental, como o projeto de agricultura urbana nas escolas, de ensino do cultivo de produtos sem intervenção química, que posteriormente são comercializados, gerando renda. Há também a preocupação de educar os alunos sobre questões de higiene, manejo do lixo e as doenças que podem ser causadas por ele. Futuramente, serão adotadas medidas de reciclagem.

Estão sendo oferecidos cursos de computação com o objetivo de capacitar professores, alunos e pais da comunidade. Os projetos de capacitação são direcionados especialmente às mulheres, para que elas possam contribuir com a renda familiar. Nesse sentido, a Via Parque Rímac se uniu à prefeitura no programa Mujer Emprende (Mulher Empreende), que oferece cursos de culinária, confeitaria, artesanato e primeiros socorros.

VIA EXPRESSA TRANSOLÍMPICA

[GRI 2.9]

A Invepar contribuirá diretamente com as melhorias em infraestrutura no Rio de Janeiro, resultantes da escolha da cidade para sediar as Olimpíadas de 2016. A Invepar é líder do consórcio ganhador da Via Expressa Transolímpica em conjunto com a Odebrecht TransPort e a CCR. Esse consórcio venceu, em abril de 2012, a licitação municipal para implantação e operação da Via Expressa Transolímpica, que ligará as regiões da Avenida Brasil, em Magalhães Bastos, à Avenida Salvador Allende, em Jacarepaguá. Considerada a maior obra viária da cidade nos últimos 30 anos, a implantação do corredor está prevista no Plano Olímpico da Rio 2016, pois fará a conexão direta entre os Centros Olímpicos da Barra da Tijuca e de Deodoro.

O contrato tem duração de 35 anos e, durante esse período, o consórcio será responsável por executar as obras de implantação da via, incluindo os sistemas de operação e manutenção. Entre as principais obras, estão a construção de 13 quilômetros de pistas, com 2 faixas por sentido para veículos e outra adicional para o BRT (corredor expresso de ônibus, em português); de um túnel de 1,53 quilômetros de extensão; e de 48 pontes e viadutos. O corredor cortará os bairros da Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Camorim, Curicica, Taquara, Jardim Sulacap, Magalhães Bastos, Vila Militar e Deodoro, beneficiando diretamente mais de 400 mil pessoas.

A Invepar tem 33,34% do capital da SPE (Sociedade de Propósito Específica), frente a 33,33% da Odebrecht TransPort e 33,33% da CCR. O projeto de buscar a licitação da Transolímpica nasceu por meio de um PMI (Procedimento de Manifestação de Interesse) elaborado pela Invepar, instrumento legal que permite ao setor privado desenvolver estudos de viabilidade técnica e financeira de projetos de interesse público. Trata-se de instrumento inovador, que possibilita a proatividade e a criação de vantagens competitivas.

Por meio desse instrumento, o Estado incitou e criou condições para a iniciativa privada fazer estudos e modelagens para exploração de infraestrutura.  Em alguns estados brasileiros, é conhecido por MIP (Manifestação de Interesse da Iniciativa Privada).

Para desenvolver a Transolímpica, foram avaliadas diversas alternativas de traçado em busca da melhor solução de mobilidade urbana combinada com os menores custos de implantação, sempre em respeito às normas ambientais e técnicas.

Com a vitória da Transolímpica e da Concessionária Rota do Atlântico em 2011, a Invepar passa a ter um histórico relevante de projetos estruturados a partir de PMIs.

Responsabilidade socioambiental

Por se tratar de obra de via estrutural, os órgãos reguladores responsáveis exigem que seja elaborado o EIA (Estudo de Impacto Ambiental) e apresentado o seu respectivo relatório, o RIMA (Relatório de Impacto no Meio Ambiente). No estudo, foram levantados não apenas dados ambientais das localidades cruzadas pela via, como também informações socioeconômicas.

Devido à localização em área de elevadas urbanização e ocupação, foi verificado baixo impacto ambiental. A influência maior se dará na qualidade do ar e na geração de poluição sonora durante as obras. Socialmente, o impacto é um pouco maior. Estão previstas, até o momento, 1,2 mil desapropriações para a passagem da via. Essas desapropriações são de responsabilidade do poder concedente, que conta com o apoio da concessionária em algumas etapas de campo, como o levantamento do APL (Arranjos Produtivos Locais) e do RGI (Registro Geral de Imóveis) e a elaboração do cadastro socioeconômico.  

PEX

A Invepar criou, em 2012, a PEX (Passe Expresso), empresa que administra o sistema Passe Expresso. Esse sistema possibilita a passagem pelo pedágio em pistas automáticas exclusivas, eliminando a necessidade de o usuário parar na praça de pedágio. Por meio da fixação de uma etiqueta eletrônica no para-brisa, esse serviço confere rapidez ao tráfego e evita o manuseio de dinheiro.

 

 

O Passe Expresso possui, ainda, o diferencial da modalidade pré-paga, que permite aos usuários carregarem previamente créditos para a quantidade de viagens desejadas. Além disso, oferece as menores taxas de administração do mercado.

A PEX tem atuado constantemente para aumentar a sua rede credenciada, que hoje permite a utilização do Passe Expresso na Linha Amarela (RJ), na Ponte Rio Niterói (RJ), na Via Lagos (RJ) e na Concessionária Bahia Norte (BA). O sistema está previsto para ingressar também na CLN (BA) em 2013. A Invepar prevê a expansão do serviço para novas rodovias e shoppings centers.

LINHA 4 DO METRÔ DO RIO DE JANEIRO

A Invepar assinou, em novembro de 2012, contrato de outorga de opções de compra e venda do total das ações da CRB (Concessionária Rio Barra), que detém o direito de exploração da concessão da Linha 4 do Metrô do Estado do Rio de Janeiro. O preço dessa outorga foi de R$50 milhões. O exercício da opção de compra está condicionado à conclusão das obras civis previstas para 2016 e ao cumprimento das condições suspensivas dispostas no contrato de compra e venda. Até lá, a Metrobarra S.A., subsidiária criada pela Invepar, será responsável por prover material rodante e sistemas para a operação da Linha 4.

 

 

Com esse movimento, a Invepar se mantém como único operador metroviário no Rio de Janeiro. Reforça, ainda, sua estratégia de ser uma das principais companhias em infraestrutura de transportes do Brasil, ampliando sua atuação em mobilidade urbana, segmento de grandes desafios para os próximos anos.

Com a entrada em operação em 2016, a Linha 4, que ligará a Zona Sul à Barra da Tijuca, acrescentará seis novas estações ao sistema metroviário já existente, tendo como trajeto Jardim Oceânico, São Conrado, Gávea, Antero de Quental, Jardim de Alah e Nossa Senhora da Paz. Ao todo, serão somados 16 quilômetros aos 41 atuais, possibilitando transportar mais 300 mil passageiros por dia. Estima-se que esses passageiros levarão menos de 35 minutos para ir da Barra da Tijuca à Zona Sul da cidade.